BBAS3: queda no lucro preocupa? Veja destaques do Banco do Brasil e das seguradoras

O mês de maio marca o início da temporada de divulgação dos balanços do primeiro trimestre de 2025. Enquanto o mercado aguarda uma possível retração no lucro do Banco do Brasil (BBAS3), as seguradoras ligadas ao setor público e privado, como BB Seguridade (BBSE3), Caixa Seguridade (CXSE3) e Porto Seguro (PSSA3), devem mostrar crescimento sólido, impulsionadas principalmente pelo bom desempenho das receitas financeiras.

Queda de lucro no BBAS3: o que está por trás

Segundo análises revisadas pelo Safra, o Banco do Brasil deve reportar um lucro de R$ 8,5 bilhões no 1T25 — uma queda de 8,8% em relação ao mesmo período de 2024 e de 11,4% frente ao 4T24. O principal fator para essa retração está ligado ao aumento da inadimplência, sobretudo no segmento rural, além do reforço nas provisões para perdas.

Apesar disso, o banco ainda deverá apresentar um ROI (Retorno sobre o Patrimônio) de 19%, número robusto e superior ao custo de capital da instituição, estimado em torno de 14%. Mesmo com o bom retorno, o múltiplo P/VPA segue abaixo do ideal, em 0,9 — indicando que o mercado ainda negocia as ações com desconto frente ao valor patrimonial.

Dividendos em risco?

Um ponto de atenção para os investidores está na possível redução do payout, que pode cair de 45% para 40%. Com lucros estáveis ou em queda, isso impactaria diretamente os dividendos pagos em 2025, que hoje têm expectativa de um dividend yield ao redor de 9%.

Mesmo com o alerta, o BBAS3 ainda é visto como uma ação sólida para quem visa acumular renda passiva no longo prazo, com datas de pagamento previstas para 12 de junho, setembro e dezembro, e possibilidade de recompras em eventuais quedas de cotação.

Seguradoras: destaques positivos no 1T25

Caixa Seguridade (CXSE3): crescimento sustentado

A expectativa para a Caixa Seguridade é de lucro de R$ 1 bilhão no 1T25, representando alta de 8% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento é atribuído a novas parcerias comerciais, maior receita com corretagem e melhora no resultado financeiro — que representa até 30% do lucro da empresa.

Mesmo após forte valorização recente, a ação ainda entrega um dividend yield estimado entre 7,8% e 8%, o que a torna uma opção interessante para investidores que buscam previsibilidade e distribuição regular de proventos.

BB Seguridade (BBSE3): sólido e com bom ponto de entrada

A BB Seguridade deve divulgar um lucro próximo de R$ 2,1 bilhões, crescimento de 6% a 14% frente ao 1T24. Apesar de um trimestre considerado “frio”, os números devem confirmar a consistência da empresa.

Com alta rentabilidade, valuation atrativo (P/VPA abaixo de 2) e previsão de dividend yield em torno de 9%, BBSE3 continua sendo uma das queridinhas dos investidores de longo prazo.

Porto Seguro (PSSA3): diversificação é o forte

A Porto Seguro deve apresentar um lucro de R$ 751 milhões, um avanço de 14% sobre o primeiro trimestre do ano passado. Além dos seguros, os segmentos de serviços e bancário da empresa têm mostrado forte crescimento.

Apesar da solidez operacional, o dividend yield da empresa é mais modesto, pois ela costuma distribuir apenas 50% do lucro em proventos. Ainda assim, PSSA3 se destaca como uma empresa bem gerida e resiliente.

IRB (IRBR3): retomada e perspectiva de proventos

A resseguradora IRB deve apresentar um lucro de R$ 117 milhões no 1T25 e, com a sinistralidade mais controlada, a empresa está praticamente zerando os prejuízos acumulados. Isso abre espaço para o retorno do pagamento de dividendos, com possibilidade de novos proventos ainda em 2025.

Performance histórica reforça a solidez do setor

Nos últimos dois anos, os retornos totais (valorização + dividendos) das seguradoras foram expressivos:

  • CXSE3: +130%

  • BBSE3: +57%

  • PSSA3: +102%

Já no recorte de cinco anos, todas entregaram mais de 100% de retorno total, impulsionadas por lucros crescentes:

  • Lucro da Caixa Seguridade: +98%

  • Lucro da BB Seguridade: +121%

  • Lucro da Porto Seguro: +74%

O setor se mostra resiliente, previsível e com bom potencial de valorização — especialmente para quem investe com foco em dividendos consistentes e crescimento sustentável.

Devo me preocupar com BBAS3?

Apesar da projeção de queda pontual nos lucros do Banco do Brasil, o papel continua atrativo para investidores de longo prazo, oferecendo alta rentabilidade sobre o patrimônio e desconto frente ao valor justo. Já as seguradoras mostram força crescente e são destaque positivo neste início de ano, especialmente BBSE3 e CXSE3.

Para quem busca equilibrar valorização, resiliência e dividendos, o setor de seguros segue como uma alternativa confiável e lucrativa — com o bônus de que, em momentos de correção, pode oferecer oportunidades ainda melhores de entrada.

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