O setor bancário brasileiro é um dos mais lucrativos do mundo, marcado por um mercado oligopolista e altos dividendos. Com instituições robustas como Itaú, Banco do Brasil e Bradesco, o setor financeiro é um dos favoritos dos investidores que buscam estabilidade e retorno consistente. Mas, em meio a um cenário de juros elevados e mudanças econômicas, qual dessas opções é a mais vantajosa para investir agora?
Banco do Brasil: crescimento estagnado e dividendo consistente
O Banco do Brasil (BBAS3) registrou uma valorização de quase 17% em 2024, superando o Bradesco. No entanto, após esse crescimento expressivo, a ação sofreu uma correção no mercado. Com um lucro líquido de R$ 37,9 bilhões em 2024, o banco demonstrou estabilidade, mas com sinais de que o crescimento pode estar se aproximando de um limite.
- P/L (Preço/Lucro): 6x
- P/VP (Preço/Valor Patrimonial): 0,68x
- Dividend Yield: 9% ao ano
- Projeção de Lucro para 2025: Entre R$ 37 e R$ 41 bilhões
O Banco do Brasil é uma empresa de economia mista, o que significa que está sujeito à influência governamental. Esse fator muitas vezes leva o mercado a precificar suas ações com desconto em relação a bancos privados. Além disso, o banco depende do crédito subsidiado do governo, como no caso do Plano Safra, o que pode limitar seu crescimento em alguns momentos.
Bradesco: recuperação e potencial de valorização
O Bradesco (BBDC3/BBDC4) apresentou um crescimento mais modesto em 2024, com suas ações subindo apenas cerca de 4%, abaixo do Ibovespa. Entretanto, o banco está em um processo de reestruturação para melhorar sua rentabilidade e reduzir custos.
- P/L (Preço/Lucro): 6,68x
- P/VP (Preço/Valor Patrimonial): 0,68x
- Dividend Yield: 9% ao ano
- Projeção de Lucro para 2025: R$ 20,6 bilhões
Apesar da lucratividade inferior ao Banco do Brasil, o Bradesco vem implementando medidas para aumentar a eficiência e reduzir despesas. A operação de seguros do banco também agrega valor significativo, com um ROI de 25%. Seu grande desafio é recuperar a confiança do mercado, já que ainda é visto como um banco em fase de “turnaround”.
Comparativo direto: qual é a melhor opção?
Indicador | Banco do Brasil (BBAS3) | Bradesco (BBDC3) |
---|---|---|
Lucro Líquido (2024) | R$ 37,9 bilhões | R$ 19,6 bilhões |
Preço/Lucro (P/L) | 6x | 6,68x |
Preço/Valor Patrimonial (P/VP) | 0,68x | 0,68x |
Dividend Yield | 9% | 9% |
Projeção de Lucro (2025) | R$ 37 a 41 bilhões | R$ 20,6 bilhões |
Crescimento da Carteira de Crédito | 6,1% | 11,9% |
Analisando os dados, o Bradesco parece ser uma opção mais atraente em termos de valorização. Seu P/L ainda é competitivo e o banco está se recuperando de um período desafiador, o que pode gerar ganhos expressivos no longo prazo. O Banco do Brasil, por outro lado, é uma escolha mais conservadora, oferecendo dividendos consistentes e uma previsibilidade maior.
Vale a pena trocar BBAS3 por BBDC3?
Se você já possui Banco do Brasil em carteira, pode valer a pena manter a posição, pois o banco continua lucrativo e pagando dividendos generosos. No entanto, para quem busca valorização futura, o Bradesco apresenta um desconto mais atrativo e um maior potencial de recuperação.
Caso tenha acumulado um bom lucro com BBAS3, uma estratégia interessante pode ser a realocação parcial para BBDC3, diversificando a exposição ao setor bancário e equilibrando risco e retorno.
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