A Auren Energia (AURE3), uma das maiores geradoras de energia do Brasil, divulgou seus resultados financeiros referentes ao ano de 2024, evidenciando um crescimento significativo na receita. O faturamento anual alcançou R$ 11,25 bilhões, um aumento de 17% em relação ao ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pela incorporação da AES Brasil, um movimento estratégico que ampliou a capacidade de geração e comercialização de energia da empresa.
No entanto, apesar da expansão na receita, o balanço da Auren trouxe desafios significativos. O prejuízo líquido registrado foi de R$ 363 milhões, reflexo do aumento da alavancagem financeira e dos impactos da fusão.
Diversificação na matriz energética
A Auren possui um portfólio diversificado, composto por fontes hídricas, eólicas e solares. No relatório divulgado, a companhia destacou o avanço da energia solar, que cresceu 169% ao longo de 2024. O setor eólico também apresentou um desempenho positivo, com aumento de 13%. Por outro lado, a geração hídrica recuou 20% devido a condições climáticas adversas, um fator que impactou diretamente os resultados operacionais.
Crescimento na comercialização de energia
Um dos principais destaques do balanço foi o crescimento expressivo na comercialização de energia. A receita proveniente dessa atividade aumentou 83% no trimestre e 44% no ano, totalizando R$ 7 bilhões. Esse crescimento reforça a estratégia da Auren de expandir sua atuação no mercado livre de energia, que permite negociações diretas entre geradores e consumidores.
Endividamento e impacto no resultado líquido
Apesar do avanço nas receitas, o aumento da alavancagem financeira foi um ponto de atenção no balanço. A dívida líquida da Auren cresceu, elevando o índice de alavancagem de 3,4x para 5,7x em relação ao EBITDA ajustado. Esse crescimento da dívida está diretamente ligado à incorporação da AES Brasil e às necessidades de capital para expansão dos projetos de energia renovável.
Dividendos e perspectivas para 2025
Até o momento, a Auren Energia não anunciou a distribuição de dividendos para os acionistas. A companhia deve priorizar a reorganização financeira e a integração dos ativos adquiridos antes de definir novas diretrizes para pagamentos.
Para 2025, a expectativa é que a empresa continue expandindo suas operações, principalmente na geração solar e eólica. O mercado está atento aos próximos movimentos da companhia, que deverá buscar equilíbrio entre crescimento, gestão de endividamento e rentabilidade para os acionistas.
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