Auren Energia capta R$ 2 bi e confirma pagamento de dividendos; veja detalhes

A Auren Energia (AURE3), uma das principais geradoras de energia renovável do país, anunciou recentemente a liquidação de uma nova emissão de debêntures no valor de R$ 2 bilhões. Além disso, a companhia confirmou o pagamento de dividendos aos seus acionistas em maio. O movimento reflete a estratégia da empresa de reforçar sua estrutura financeira, equilibrando o controle de alavancagem e a manutenção de investimentos em ativos de longo prazo.

O anúncio acontece em um momento de reavaliação do mercado sobre o setor elétrico, especialmente diante de desafios relacionados à gestão de endividamento e ao potencial de distribuição de proventos.

Emissão de debêntures: reforço no caixa e alongamento de dívidas

No último dia 17 de abril, a Auren Energia comunicou ao mercado a emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, com prazo de vencimento até 2035. Os papéis oferecem uma remuneração anual atrelada ao IPCA acrescida de 7,5% ao ano, o que representa uma taxa atrativa para investidores em renda fixa.

Essa operação tem como objetivo fortalecer o caixa da empresa e alongar o perfil da dívida, uma medida importante para empresas do setor de energia que precisam garantir liquidez para investimentos de longo prazo e para a manutenção de ativos que possuem concessões estendidas. A Auren recebeu uma classificação de risco ‘A’ de uma agência local, destacando a qualidade de crédito da companhia e sua sólida posição no setor.

Diversificação de ativos: energia hídrica, eólica e solar

Um dos principais diferenciais da Auren é seu portfólio diversificado de ativos, que inclui geração de energia hídrica, eólica e solar em diferentes estados brasileiros. A companhia possui ativos relevantes no Ceará, Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com concessões que se estendem até meados de 2050.

Entre os destaques estão:

  • Complexo Eólico Salinas (CE): concessão até 2047, com 100% de participação.

  • Ventus do Piauí (PI): ativo eólico com concessão até 2050.

  • Complexo Híbrido Sol do Piauí (PI): geração combinada de energia eólica e solar, com concessão até 2051.

  • Usinas Hidrelétricas em São Paulo: 12 usinas, incluindo pequenas centrais hidrelétricas, com concessões até 2036.

  • Complexo Eólico Cassino (RS): concessão até 2046, reforçando a presença da companhia no Sul do Brasil.

Essa diversificação assegura estabilidade na geração de receita, mesmo em cenários adversos, e contribui para a avaliação positiva de crédito da companhia.

Dividendos: data-com marcada para 24 de abril

Além da emissão de debêntures, a Auren também confirmou a distribuição de dividendos, com data-com agendada para 24 de abril. Para ter direito ao provento, o investidor precisa estar posicionado nas ações da empresa até o fechamento do pregão dessa data.

O valor anunciado foi de R$ 0,05 por ação, totalizando cerca de R$ 59 milhões em dividendos, com pagamento previsto para 5 de maio de 2025. Apesar de modesto, o montante reflete o momento de priorização da saúde financeira da companhia, que opta por manter parte do lucro para reforçar o caixa e reduzir o nível de alavancagem.

Por que o dividendo é baixo?

O valor relativamente pequeno dos dividendos está alinhado à estratégia atual da Auren, focada no equilíbrio financeiro. A empresa prioriza investimentos e parcerias estratégicas para fortalecer a operação e garantir a sustentabilidade de longo prazo, sobretudo em um contexto de controle da alavancagem. Com a emissão das debêntures, a companhia pretende utilizar os recursos captados para financiar projetos, otimizar ativos e reforçar o fluxo de caixa.

Perspectivas para investidores

Investir na Auren Energia exige compreender seu perfil de negócios voltado para o longo prazo, com forte presença no setor de energia renovável e um portfólio robusto de ativos. A recente emissão de debêntures reforça a capacidade da empresa de captar recursos em condições favoráveis, enquanto o pagamento de dividendos, mesmo que modesto, mantém a conexão com os acionistas.

A perspectiva é que, com a estabilização da estrutura de capital, a empresa possa, futuramente, retomar uma política de dividendos mais robusta. Até lá, o foco permanece no fortalecimento operacional e na expansão dos negócios.

Para quem busca diversificação em energia renovável e estabilidade de fluxo de caixa, a Auren continua sendo uma alternativa sólida no mercado brasileiro.

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