Aposta em Juros Altos: Banco Central do Brasil confirma que aumento da Selic deverá conter inflação

Banco Central do Brasil Confiante que Aumentos nas Taxas de Juros Controlarão Inflação e Impactarão Crescimento.

O presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galipolo, se mostrou otimista sobre o impacto da política monetária agressiva adotada pelo governo para controlar a inflação persistente no país. Em uma coletiva de imprensa na quinta-feira, Galipolo reforçou a confiança de que os aumentos contínuos na taxa de juros vão ajudar a esfriar a economia e reduzir os preços acima da meta, apesar do impacto sobre o crescimento econômico.

Desde setembro de 2024, o Banco Central implementou aumentos sucessivos de 3,75 pontos percentuais nas taxas de juros, com a Selic atingindo 14,25% na última reunião. O governo já sinalizou que outro aumento deve ocorrer em maio de 2025, embora em ritmo menor. O objetivo é conter uma inflação que permanece elevada, em 5,26% no último ano, pressionada principalmente pelos preços dos alimentos, o que tem gerado descontentamento entre a população.

Em sua análise, Galipolo destacou que os custos elevados de empréstimos são essenciais para controlar a inflação, pois desestimulam o consumo e reduzem a atividade econômica. Ele afirmou: “Acreditamos que nosso ‘remédio’ funcionará ao longo do tempo, com impacto nos indicadores de inflação e crescimento”. No entanto, os formuladores de políticas reconhecem que o cenário não é simples, e as perspectivas para 2025 já foram revistas para uma expansão econômica mais modesta de 1,9%, abaixo da previsão anterior de 2,1%.

A inflação acima da meta de 3% continua sendo um grande desafio. Os economistas, incluindo os analistas do próprio Banco Central, preveem que os preços seguirão elevados até pelo menos 2028. Além disso, um relatório recente mostrou que o crescimento dos preços de alimentos e combustíveis tem pressionado ainda mais o poder de compra da população, especialmente no início de 2025.

Enquanto isso, o governo federal busca alternativas para mitigar o impacto do custo de vida sobre os brasileiros. Medidas como a flexibilização do saque do FGTS e propostas de isenções fiscais para a população de baixa renda são tentativas de aliviar as dificuldades econômicas. No entanto, o impacto dessas medidas ainda não foi totalmente considerado nas projeções do Banco Central.

Por fim, apesar da previsão de desaceleração, Galipolo reforçou a importância do monitoramento contínuo dos dados econômicos para garantir que a política monetária seja ajustada conforme necessário. Acredita-se que o ciclo de alta nas taxas de juros continuará a ser necessário até que a inflação seja controlada de forma eficaz.

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