Ações da Prio despencam 17%: Hora de comprar ou vender? Veja a análise profunda

Com a cotação em baixa e o mercado dividido, a Prio pode estar oferecendo uma oportunidade rara. A empresa, que virou referência no setor de petróleo por sua estratégia agressiva de crescimento, vem enfrentando desafios operacionais e uma leve deterioração nos custos. Ainda assim, seus números mostram um histórico de expansão impressionante e fundamentos que merecem atenção.

Vamos analisar se a Prio (PRIO3) ainda é uma ação promissora para quem busca valorização na bolsa em 2025.

Estratégia da prio: Crescimento com otimização de ativos

A Prio, ex-PetroRio, tem um modelo de negócio focado na aquisição de campos maduros de petróleo, ou seja, ativos que já estão em produção. A ideia é otimizar esses campos, reduzindo custos e aumentando a eficiência da extração. Essa abordagem se mostrou extremamente eficaz nos últimos anos, permitindo um crescimento expressivo da receita, do Ebitda e da produção.

Essa estratégia também minimiza riscos, como os enfrentados por empresas que apostam em descobertas exploratórias — como foi o caso da OGX, de Eike Batista, que fracassou justamente por depender de reservas incertas.

Recompra de ações: Sinal de confiança da gestão

Um ponto que chama atenção positivamente é o robusto programa de recompra de ações. A empresa destinou US$ 164 milhões para recomprar seus próprios papéis, o que indica que a gestão acredita que a ação está subavaliada. Além disso, há 6% das ações em tesouraria, o que reduz a oferta e tende a valorizar os papéis remanescentes.

Novos projetos e licenças em 2025

Entre as novidades, destaca-se a recente licença de perfuração obtida em fevereiro de 2025. Esse avanço permite à Prio iniciar a exploração de um novo campo que pode adicionar 40 mil barris por dia à sua produção — um incremento considerável frente aos 100 mil barris/dia que marcaram seu recorde anterior.

Além disso, a aquisição de 40% do Campo de Peregrino, somada a decisões judiciais favoráveis, aumentou as reservas de petróleo e fortaleceu a posição da empresa no setor.

Custo de extração em alta: Alerta ou oportunidade?

Um dos pontos de atenção no curto prazo é o aumento do lifting cost (custo para extrair cada barril de petróleo), que atingiu o maior patamar dos últimos anos. Isso se deve principalmente à integração de novos ativos como Peregrino e a desafios operacionais — incluindo paradas para manutenção e entraves com o Ibama.

No entanto, à medida que esses ativos forem otimizados e os problemas resolvidos, há espaço para redução nos custos, o que pode impulsionar a margem operacional novamente.

Indicadores fundamentais: Crescimento fora da curva

Dados atualizados (Março de 2025)

  • Cotação: R$ 39,60

  • Valor de mercado: R$ 35 bilhões

  • Dívida líquida/EBITDA: 2x (equilibrado)

  • Dividend Yield: 0% (empresa foca em reinvestimento)

  • ROIC: 14% (bom retorno sobre capital investido)

  • CAGR de Lucros (5 anos): 74% ao ano

  • Margem líquida: 48%

  • EV/EBITDA: 5,6x (múltiplo razoável, com leve desconto)

A Prio não distribui dividendos relevantes, pois reinveste os lucros no crescimento do negócio. Isso faz sentido para um perfil de investidor que busca valorização das ações em vez de renda passiva.

Histórico financeiro impressionante

A evolução financeira da Prio é uma das mais consistentes da bolsa brasileira:

  • Receita líquida: R$ 253 milhões (2015) → R$ 14 bilhões (2024)

  • EBITDA: R$ 150 milhões (2015) → R$ 9,4 bilhões (2024)

  • Lucro líquido: R$ 110 milhões (2015) → R$ 6,9 bilhões (2024)*
    Com efeitos não recorrentes no lucro mais recente

Esse crescimento foi sustentado por margens robustas, com EBITDA frequentemente acima de 60%, o que mostra a eficiência da operação mesmo em ciclos desafiadores para o setor.

Fluxo de caixa e investimentos pesados

Nos últimos cinco anos, a Prio gerou, em média, R$ 5 bilhões por ano em caixa operacional. Porém, os investimentos agressivos em novos ativos — que somaram R$ 14 bilhões nos últimos 12 meses — fizeram o fluxo de caixa ficar temporariamente negativo. Trata-se de uma queima de caixa estratégica, visando novos ciclos de crescimento.

Vale a pena investir em prio (PRIO3)?

A Prio é uma empresa de crescimento acelerado, com histórico sólido de resultados e uma estratégia clara de expansão via aquisição e otimização. Embora tenha enfrentado um ano desafiador, os sinais de recuperação são fortes, com novos campos entrando em operação, recompra de ações e expectativas de produção recorde em 2025.

Se você busca dividendos, Prio não é o melhor ativo agora. Mas se o seu foco é valorização patrimonial no médio e longo prazo, a empresa oferece um dos cases mais interessantes da bolsa brasileira.

O post Ações da Prio despencam 17%: Hora de comprar ou vender? Veja a análise profunda apareceu primeiro em O Petróleo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Review Your Cart
0
Add Coupon Code
Subtotal

 
Rolar para cima