O que está acontecendo com o PORD11? Veja o que mudou e como investir em 2025

O PORD11, um fundo imobiliário (FII) com mais de 12 anos de existência, volta ao radar dos investidores em 2025. Apesar da sua baixa liquidez diária – girando em torno de R$ 500 mil –, o fundo carrega um histórico robusto de entregas consistentes. Atualmente, conta com cerca de 40 mil cotistas e apresenta um retorno mensal que beira 1,1% ao mês, um atrativo diante da volatilidade do mercado.

Entre seus diferenciais, destaca-se a composição equilibrada entre ativos atrelados ao IPCA e ao CDI, oferecendo um meio-termo interessante para perfis de risco moderado.

Principais movimentações e operações em alerta

Novas aquisições

  • CRI CP 6:
    Recentemente, o PORD11 adquiriu o CRI CP 6 no valor de R$ 9 milhões, com taxa IPCA + 10%. A operação apresenta um LTV (Loan to Value) confortável, onde para cada R$ 100 em garantia, apenas R$ 39 foram emprestados — o que indica boa margem de segurança.

  • Debêntures JHSF:
    O fundo aumentou sua posição em debêntures da JHSF, incrementando cerca de 5% em relação à sua carteira anterior.

Operações problemáticas

  • CRI novo mundo:
    Um dos pontos mais delicados do portfólio. Este ativo sofreu inadimplência parcial, com 30% da marcação atual sendo amortizada judicialmente. Em abril, o fundo conseguiu recuperar mais 3% do valor marcado, mas 65% da exposição ainda permanece sensível.

  • CRI conte Minas:
    Embora siga adimplente, a operação demanda atenção contínua. A empresa emissora já enfrentou dificuldades no passado, sendo considerada uma posição de risco monitorado.

Composição e sensibilidades da carteira

Alocação por segmento

  • Pulverizado (Residencial e Comercial): 33%

  • Crédito Corporativo: 32%

  • Renda Urbana: 25%

  • Caixa: 20%

  • Fundos Imobiliários: 10%

O destaque da carteira é a forte presença em operações pulverizadas, principalmente voltadas para o setor residencial (ex.: programa Minha Casa Minha Vida). Nesses casos, há múltiplos devedores para cada CRI, o que dilui o risco individual, mas exige gestão ativa.

Indexadores e rentabilidade

  • CDI: 50% da carteira

  • IPCA: 50% da carteira

A distribuição entre os dois principais indexadores torna o PORD11 atrativo tanto em cenários de alta dos juros quanto de pressão inflacionária.

Atualmente, o fundo está negociado com taxa interna de retorno (TIR) de aproximadamente IPCA + 16,31% (já descontando a taxa de administração), o que é considerado agressivo, refletindo também o desconto patrimonial de mercado.

Resultados e distribuições

Em março, o fundo distribuiu R$ 0,088 por cota. Para os próximos meses, a expectativa é que o rendimento permaneça entre R$ 0,085 e R$ 0,090, considerando a atualização de indexadores e o andamento dos recebíveis inadimplentes.

Além disso, a performance acumulada do PORD11 supera o CDI e o IFIX desde a sua criação, o que reforça seu histórico positivo, ainda que com volatilidade pontual.

Histórico anual de distribuições:

  • Desde 2013, o fundo manteve distribuições regulares, mesmo enfrentando diferentes ciclos econômicos.

Pontos de atenção para 2025

Carteira pulverizada

Embora o portfólio pulverizado possa oferecer proteção pela diversificação, é necessário monitorar de perto a qualidade dos recebíveis. O setor residencial, especialmente de baixa renda, é mais suscetível a oscilações econômicas.

Inadimplência e recuperação

O caso do CRI Novo Mundo é um alerta real: inadimplência parcial, recuperação lenta via medidas judiciais e impacto direto nas receitas.

Caixa elevado

Com 20% de caixa disponível, o fundo tem potencial para realizar novas alocações. A gestão precisa, no entanto, ser criteriosa na escolha dos novos ativos para evitar a diluição da rentabilidade.

O PORD11 é um fundo que combina tradição e desafios. Seu histórico sólido, aliado a um portfólio diversificado entre IPCA e CDI, o torna uma opção interessante para investidores que buscam rendimentos consistentes acima de 1% ao mês. No entanto, os eventos de inadimplência e a necessidade de reacomodação da carteira exigem cautela.

O investidor deve considerar o fundo como uma aposta de perfil moderado a arrojado, observando de perto os relatórios de gestão e a evolução dos casos de inadimplência.

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