A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária das contas de luz passará de verde para amarela no mês de maio. Com isso, os consumidores enfrentarão um acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos, encarecendo a conta de energia em relação aos meses anteriores.
Desde dezembro de 2024, o país vinha operando com a bandeira verde, reflexo de condições favoráveis para geração de energia, especialmente com a boa disponibilidade de recursos hídricos nas usinas hidrelétricas. Contudo, o fim do período chuvoso alterou esse cenário.
De acordo com a Aneel, as previsões de chuvas e vazões nos principais reservatórios hidrelétricos do país para os próximos meses estão abaixo da média histórica. Esse quadro de menor oferta de energia proveniente de fontes hídricas exige maior acionamento das usinas termelétricas, que possuem custo mais elevado de geração.
Esse acionamento das termelétricas justifica a mudança para a bandeira amarela, sinalizando ao consumidor a necessidade de um uso mais consciente da energia elétrica. A cobrança extra tem o objetivo de cobrir os custos adicionais de produção, repassando parte dessa despesa para os usuários.
A bandeira tarifária é um mecanismo criado para refletir as condições de geração de energia no país. O sistema funciona como um semáforo, onde a cor verde indica condições favoráveis e ausência de cobranças adicionais, enquanto as bandeiras amarela e vermelha indicam custos maiores, dependendo do nível de escassez de energia.
Com a chegada da estação seca e a redução nas chuvas, o consumidor deve preparar o bolso. A orientação da Aneel é reforçar medidas de economia, como apagar luzes em ambientes desocupados, substituir lâmpadas por modelos mais eficientes e otimizar o uso de eletrodomésticos, para evitar um impacto ainda maior na fatura de energia.
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