A Gerdau (GGBR4) está prestes a revelar seus resultados do primeiro trimestre de 2025, com o anúncio marcado para o dia 28 de abril. Além disso, investidores aguardam um novo pagamento de dividendos, já que a companhia segue sua tradição de distribuições trimestrais.
Neste cenário, o foco se volta tanto para a performance da operação nos Estados Unidos quanto para a atividade doméstica no Brasil, regiões que compõem a espinha dorsal do faturamento da empresa.
Resultados em 28 de abril: foco nos EUA e Brasil
O mercado estará de olho nos números que a Gerdau apresentará no final de abril. A companhia, que atua no setor siderúrgico, tem forte presença nos Estados Unidos — uma região considerada estratégica por representar maior previsibilidade e margem frente ao cenário brasileiro, que enfrenta desaceleração econômica e pressão fiscal.
Apesar dos desafios no comércio global, agravados por tarifas e tensões geopolíticas, a expectativa é de que a operação norte-americana siga sustentando os resultados da empresa. A divulgação dos dados será acompanhada, como de costume, por novos anúncios de dividendos.
Projeção de dividendos: GGBR4 e GOAU4 miram R$ 0,67 em 2025
A Gerdau distribuiu dividendos consistentes nos últimos anos, com destaque para 2022, quando pagou R$ 3,45 por ação, reflexo de um ciclo positivo no setor de aço e minério. Contudo, os valores recuaram em 2023 e 2024. Para 2025, a projeção é de R$ 0,67 por ação para os papéis GGBR4 e GGBR3.
Na holding controladora, a Metalúrgica Gerdau (GOAU4), a expectativa também é de queda: de R$ 0,45 em 2024 para R$ 0,39 por ação em 2025. Ambos os papéis devem manter a distribuição trimestral de proventos, com o próximo anúncio previsto para maio.
Indicadores financeiros: saúde sólida e baixa alavancagem
O balanço da Gerdau indica uma posição financeira robusta. A companhia tem patrimônio líquido de R$ 58 bilhões, ativos totais de R$ 86 bilhões e circulante de R$ 32 bilhões. O endividamento é controlado, com dívida bruta de R$ 13 bilhões frente a uma disponibilidade de caixa de R$ 8 bilhões — valor que aumentou após a retenção de lucros em 2024.
A dívida líquida da empresa está em apenas R$ 5 bilhões, enquanto seu valor de mercado gira em torno de R$ 30 bilhões, com a holding avaliada em R$ 36 bilhões.
Cotação e preço teto: margem de segurança atrativa
As ações preferenciais GGBR4, negociadas atualmente perto de R$ 15, têm um preço teto médio calculado em R$ 21,97 com base nos últimos anos. Já o preço teto projetado, considerando os dividendos esperados de R$ 0,67 e um dividend yield projetado de 4,5%, está em torno de R$ 11,16, o que gera uma margem de segurança para novos aportes.
Para a holding GOAU4, o preço atual está na casa dos R$ 8,40, com preço teto médio em R$ 16,50 e projetado em R$ 6,50. O dividend yield atual está em 4,6%, alinhado com o da Gerdau operacional.
Aluguel de ações em alta: sinal de pressão nas cotações?
Outro ponto de atenção é o aumento no volume de ações alugadas, observado desde novembro de 2024. Esse movimento pode indicar expectativa de queda nas cotações ou aumento da busca por operações vendidas no mercado — especialmente diante do ambiente de juros altos e cenário externo desafiador.
Por que a Gerdau reteve lucros em 2024?
A retenção de lucros por parte da empresa, que acumulou R$ 8 bilhões em caixa, é uma medida preventiva adotada diante de incertezas para 2025, como a possível intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China. A estratégia de manter reservas fortalece a companhia para atravessar períodos de maior volatilidade e garantir sua capacidade de investimento e pagamento de proventos.
Gerdau ou Metalúrgica Gerdau: qual escolher?
Embora GGBR4 e GOAU4 caminhem juntas, alguns investidores preferem a holding por seu preço mais acessível e dividend yield semelhante. Com projeções em torno de 4,5% para ambas, a escolha depende do perfil do investidor: quem prioriza liquidez e volume pode optar pela GGBR4, enquanto quem busca acumulação e custo-benefício pode se beneficiar da GOAU4.
O post Gerdau e Metalúrgica Gerdau: veja projeções de dividendos e resultados do 1º trimestre apareceu primeiro em O Petróleo.