Em um cenário de incertezas no mercado financeiro, contar com previsibilidade de dividendos pode ser uma estratégia poderosa para investidores focados em renda passiva. Junho de 2025 já tem algumas empresas no radar com rendimentos confirmados ou altamente esperados, destacando-se Banco do Brasil (BBAS3), Cemig (CMIG4), Banrisul (BRSR6), Home3 (HOME3) e Itaúsa (ITSA4).
A seguir, confira as datas previstas, histórico de pagamentos, dividend yields atuais, preços teto e margens de segurança para cada uma dessas ações, segundo a estratégia do dividendo inteligente.
Banco do Brasil (BBAS3): dividendos confirmados e calendário definido
O Banco do Brasil se destaca por ser uma das poucas empresas da Bolsa que mantém um calendário claro para o pagamento de dividendos. Para junho de 2025, o banco já confirmou dois rendimentos:
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Datas importantes:
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Próximo anúncio: 12/05
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Segundo anúncio: 21/05
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Data com: 02/06
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Pagamento: 12/06
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Com um dividend yield atual de 9,49%, a ação é negociada a um preço sobre lucro (P/L) de 6,04 e P/VPA de 0,89, múltiplos bastante atraentes. Pelo método Bazin, o preço teto com base em um yield de 6% está em R$ 29,52, enquanto a cotação atual gira cerca de 13,6% acima desse valor. Mesmo sem valorização expressiva, o retorno em dividendos do banco já supera boa parte das opções de renda fixa.
Cemig (CMIG4): elétrica previsível com dividend yield acima de 13%
A Cemig, uma das maiores posições na carteira de muitos investidores, mantém alta previsibilidade na distribuição de dividendos. Historicamente, anuncia rendimentos em março, abril, junho, setembro e dezembro.
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Últimos valores pagos (junho):
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Pior cenário (últimos 3 anos): R$ 0,15 por ação
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Melhor cenário: R$ 1,86 por ação
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Média: R$ 1,62 por ação
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Com dividend yield atual de 13,9% e múltiplos descontados, o preço teto pelo método Bazin está em R$ 20,12, com margem de segurança de 60,6% considerando o ajuste para títulos IPCA+ 7,26%. A ação valorizou 15% nos últimos 12 meses, reforçando seu papel defensivo no setor elétrico.
Banrisul (BRSR6): bom pagador, mas com rendimentos em queda
O Banrisul mantém uma média de quatro distribuições anuais, com previsibilidade para os meses de março, maio, junho, setembro e dezembro. Embora o histórico seja consistente, os valores pagos vêm caindo.
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Histórico de dividendos em junho:
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2022: R$ 3,53 por ação
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2024: R$ 1,14 por ação
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Média: R$ 2,63 por ação
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Atualmente, o dividend yield é de 10,2%, e o preço teto projetivo pelo método Bazin está em R$ 12,12, com margem de segurança de 12,23%. Apesar da queda nos rendimentos, o banco segue como opção de renda previsível.
Home3 (HOME3): dividendos e bonificações com bom desconto no valor patrimonial
Além de pagar bons dividendos, a Home3 também se destaca pelas bonificações frequentes. A ação vem de uma desvalorização de 10% nos últimos 12 meses, mas oferece um dividend yield de 9,63%, com P/VPA de 0,69.
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Pagamentos de junho (últimos 5 anos):
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Maior rendimento: R$ 2,50 por ação
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Menor rendimento: R$ 2,21 por ação
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Média: R$ 2,36 por ação
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O preço teto ajustado está em R$ 16,12, com uma margem de segurança superior a 78%, indicando forte potencial para investidores de longo prazo.
Itaúsa (ITSA4): dividendos menores em junho, mas frequência alta ao longo do ano
Por fim, a Itaúsa valoriza 21% nos últimos 12 meses e possui dividend yield atual de 9,25%, com múltiplos abaixo da média histórica. Apesar dos dividendos menores no mês de junho, o histórico de pagamentos frequentes ao longo do ano compensa.
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Dividendos em junho:
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2023: R$ 1,15 por ação
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2024: R$ 0,94 por ação
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Média: R$ 1,05 por ação
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O preço teto ajustado pelo método Bazin está em R$ 10,67, mas a cotação atual supera esse valor em 14,8%, exigindo atenção ao ponto de entrada.
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