O RIFF11 é um fundo de infraestrutura ainda pouco conhecido no mercado, com cerca de 6 mil cotistas. No entanto, esse número pode crescer à medida que investidores descobrem seu potencial de retorno acima da média, uma carteira altamente pulverizada e cota de mercado negociada com deságio expressivo.
Com patrimônio líquido próximo de R$ 136 milhões e uma estratégia centrada em debêntures incentivadas de infraestrutura, o fundo se destaca tanto pela diversificação quanto pela rentabilidade ajustada ao risco.
Estrutura pulverizada reduz concentração de risco
O portfólio do RIFF11 conta com 107 emissores diferentes, sendo que nenhum deles responde por mais de 4,09% da carteira. Na média, cada devedor representa apenas 0,2% do total investido, o que reduz o impacto de eventuais inadimplências e protege o cotista da volatilidade de poucos ativos.
Setores atendidos: transporte e energia em foco
O fundo possui exposições em 12 setores distintos, com predominância em transporte (32%) e energia (21%). A diversificação setorial fortalece a resiliência do portfólio, especialmente em contextos macroeconômicos desafiadores.
Deságio de quase 20% e Yield atrativo
Atualmente, a cota de mercado do RIFF11 gira em torno de R$ 7,40, enquanto o valor patrimonial se aproxima de R$ 9,00 — um deságio superior a 17%, o que tem gerado Yields elevados, chegando a 17,8% ao ano em alguns meses. Mesmo descontando taxas de administração e performance, o retorno líquido segue competitivo frente a alternativas do mercado.
Distribuições recentes giram em torno de R$ 0,92 a R$ 1,00 por cota, com Yield mensal na faixa de 1,2%.
Taxas, benchmark e estrutura do fundo
O RIFF11 possui taxa de administração e gestão combinadas de 0,84% ao ano, além de taxa de performance de 20% sobre o que exceder o benchmark do IMAB5 — índice de títulos públicos atrelados à inflação com vencimento de até 5 anos.
O fundo já chegou a superar o IMAB5 em vários momentos de 2024, especialmente entre julho e novembro, antes da curva de juros se reprecificar.
Composição da carteira e tipos de ativos
Alta exposição a ativos atrelados à inflação
- 84% do portfólio está indexado ao IPCA
- 12% ao CDI
- Principais ativos: debêntures incentivadas (73%), além de CRIs e CDBs pontuais
O fundo prioriza operações de carrego (68%), com uma fatia voltada ao trading (32%) — o que indica um perfil híbrido entre geração de renda recorrente e ganho de capital.
Rating de crédito e segurança do portfólio
A maior parte dos ativos está concentrada em emissores com rating AA ou superior, representando 64% da carteira. Apenas 1% está alocado em emissores com rating BA3, o que demonstra preocupação com a qualidade de crédito dos ativos.
Por que o mercado ainda precifica com deságio?
Apesar da estrutura sólida, o fundo pode estar sendo penalizado pelo mercado devido ao baixo histórico de distribuição (por ser recente) e à ausência de relatórios detalhados em períodos anteriores. No entanto, com a regularização das informações e o aumento da previsibilidade, o cenário pode mudar.
Além disso, o fato de parte das debêntures pagarem juros semestrais pode fazer com que os rendimentos cresçam nos próximos ciclos, aumentando o interesse de investidores.
O RIFF11 é um fundo que combina diversificação, cota descontada, alto Yield e boa gestão de risco. Para investidores que procuram infraestrutura com isenção de IR, sem se expor a grandes concentrações, ele pode ser uma alternativa diferenciada — especialmente se o objetivo for capturar valor com a recuperação da cota de mercado e aumento das distribuições futuras.
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