Trump eleva tensão com China e ameaça tarifaço global, enquanto perde apoio de bilionários e aliados

A política de confrontação adotada por Donald Trump voltou a estremecer os mercados globais. Em sua mais recente investida, o presidente dos Estados Unidos e pré-candidato republicano à presidência intensificou as ameaças à China com um novo pacote de tarifas, sinalizando que medidas ainda mais duras serão implementadas caso Pequim não recue em até 24 horas. A ofensiva, que também atinge a União Europeia, tem gerado forte instabilidade política e econômica inclusive dentro do próprio partido republicano.

A retórica agressiva não é novidade na estratégia de Trump, que historicamente utiliza a escalada de tensão como tática de barganha. No entanto, desta vez, a intensidade da postura surpreendeu até aliados históricos. Um exemplo claro é a visita do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aos EUA. Apesar da visita diplomática de alto nível, Trump manteve o tom duro e deixou claro que “amigos, amigos, negócios à parte”.

Mais de 50 países já buscaram negociações com os Estados Unidos para evitar serem afetados pelas novas sanções comerciais. O Japão, por exemplo, se prontificou a enviar uma “equipe de ponta” para dialogar com Washington. No centro da questão está o objetivo de Trump: proteger a indústria norte-americana e fomentar a geração de empregos, mesmo que isso signifique iniciar uma nova guerra comercial.

Contudo, essa postura começa a gerar resistência até entre seus apoiadores mais fiéis. Bilionários como Elon Musk criticaram abertamente a estratégia. Em um evento com empresários italianos, o CEO da Tesla afirmou que os Estados Unidos deveriam manter tarifas zero com a União Europeia, destacando o impacto negativo que as recentes medidas já provocaram em suas empresas a Tesla, por exemplo, registrou fortes perdas nesta semana.

O irmão de Elon Musk e outros empresários do setor financeiro, como Bill Ackman, também se manifestaram contra o protecionismo exacerbado. Segundo eles, o custo dessas medidas, especialmente no curto prazo, é alto demais. Há temor de que a indústria americana se torne dependente de subsídios, perdendo competitividade e inovação.

A embaixada da China nos EUA reagiu com ironia, publicando um vídeo antigo de Ronald Reagan ex-presidente republicano criticando políticas protecionistas. “Funciona no curto prazo, mas depois vem a retaliação”, alertava Reagan. O vídeo viralizou e expôs a contradição interna dentro do Partido Republicano.

A tensão chegou ao ponto de senadores republicanos iniciarem discussões para limitar os poderes da Casa Branca em decisões comerciais unilaterais. Essa articulação indica que Trump pode estar perdendo apoio até dentro do núcleo mais fiel do partido, gerando um isolamento político em plena campanha eleitoral.

O mercado financeiro respondeu com forte volatilidade. Um rumor de que Trump daria prazo para negociações gerou euforia temporária nas bolsas, mas a euforia durou menos de cinco minutos. A Casa Branca foi rápida em desmentir: não haverá recuo, nem negociação.

Enquanto isso, os mercados globais seguem em alerta e investidores monitoram cada sinal de Washington. A escalada de Trump pode custar caro não apenas para a economia global, mas para sua própria base de apoio.

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