AFHI11 mostra força em cenário de incertezas

O fundo imobiliário AFHI11 tem se destacado pela consistência na distribuição de rendimentos e pelo compromisso com os cotistas. Com mais de 42 mil investidores, uma política rígida contra emissões abaixo do valor patrimonial (VP) e um histórico de boa gestão, o fundo apresenta características que despertam o interesse tanto de investidores iniciantes quanto experientes.

Transparência e compromisso com o cotista

Um dos principais diferenciais do AFHI11 é sua política de não realizar emissões abaixo do valor patrimonial — prática comum entre alguns FIIs e frequentemente criticada por investidores. Isso demonstra o alinhamento da gestora com os interesses dos cotistas, além de evitar a diluição do valor da cota no mercado.

Outro ponto relevante é a ausência de taxa de performance, o que significa que os resultados são repassados ao cotista sem cobranças adicionais sobre os ganhos. A única taxa existente é a taxa de administração, de 1% ao ano.

Distribuição estável e reservas acumuladas

O AFHI11 segue entregando rendimentos consistentes. No último mês, o fundo distribuiu R$ 0,98 por cota — mantendo a média histórica próxima de R$ 0,95 — e ainda conseguiu reservar parte do resultado. A reserva saltou de R$ 0,14 para R$ 0,25 por cota, com potencial de chegar a R$ 0,55, dependendo da venda de alguns papéis da carteira.

Essa estratégia de acumular reserva reforça a previsibilidade de pagamentos futuros, mesmo em momentos de maior volatilidade ou queda pontual no desempenho de ativos.

Marcação a mercado e impacto no valor patrimonial

Apesar da distribuição positiva, o valor patrimonial do fundo caiu cerca de R$ 0,60 por cota no mês, encerrando o período com R$ 93,21. Essa queda foi provocada principalmente pela marcação a mercado de ativos de crédito — um ajuste contábil que reflete as oscilações dos títulos da carteira, mas que não necessariamente impacta o caixa do fundo no curto prazo.

Mesmo com esse ajuste, o fundo negocia no mercado a R$ 93 por cota, praticamente alinhado ao VP, o que demonstra a confiança do mercado na gestão e nos resultados do AFHI11.

Composição da carteira: diversificação e estratégia de médio risco

A carteira do AFHI11 é bem pulverizada, com foco em ativos indexados à inflação (73%) e ao CDI (21%). A taxa média dos títulos adquiridos gira em torno de IPCA + 8,5% ao ano. Já a taxa de marcação a mercado está em IPCA + 10,33% — o que evidencia a boa janela de entrada em novas operações.

O fundo recentemente adquiriu uma operação da CR Brasil com taxa IPCA + 9%, bem acima da taxa original de emissão de IPCA + 5,4%. Isso demonstra que a gestão tem aproveitado bem o atual cenário para encontrar boas oportunidades no mercado secundário.

Exposição por setor e devedores

A maior exposição do fundo está no setor de incorporação (20%), seguido por varejo (14%). A principal posição na carteira é a operação com a Óbvia, que representa 5,8% do portfólio, seguida por Jacutinga (4,1%).

Por ser um fundo de crédito pulverizado, o AFHI11 mantém um bom equilíbrio de risco entre operações “high grade” (baixo risco) e ativos com rentabilidade mais elevada, caracterizando-se como um fundo de risco médio (middle risk).

Liquidez e base de cotistas: leve queda, mas fundamentos seguem sólidos

Embora o número de cotistas tenha caído quase 5% desde dezembro, o fundo ainda mantém uma base ampla, com cerca de 42 mil investidores. A liquidez diária média gira em torno de R$ 900 mil — valor razoável, mas que poderia ser maior, considerando o volume de cotistas.

Essa leve redução pode ser reflexo do bom desempenho da renda fixa no período, que atraiu investidores em busca de alternativas mais conservadoras. Ainda assim, o AFHI11 continua sendo um dos FIIs mais estáveis e previsíveis do mercado.

Com uma gestão transparente, alinhamento com o cotista, distribuição regular de rendimentos e uma carteira bem estruturada, o AFHI11 permanece como uma opção atraente dentro do segmento de fundos de crédito imobiliário. A taxa média acima de IPCA + 8%, aliada a uma política clara de não diluição de valor e à acumulação de reservas, reforçam a solidez da tese de investimento.

No entanto, o investidor deve sempre considerar o seu perfil de risco e seus objetivos financeiros antes de investir. Embora o fundo tenha características estáveis, ainda há exposição à marcação a mercado e eventuais oscilações da inflação e do crédito privado.

O AFHI11 segue firme como um fundo bem posicionado no setor de FIIs de papel, oferecendo previsibilidade, governança e boas oportunidades de retorno. Para quem busca uma alternativa que combina rentabilidade acima da inflação e compromisso com o investidor, o AFHI11 merece atenção especial em 2025.

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