Crise global: tarifas de Trump afundam bolsas e abrem espaço para o Brasil

A imposição de novas tarifas comerciais pelos Estados Unidos, anunciadas por Donald Trump, provocou um verdadeiro terremoto nos mercados globais nesta segunda-feira (7). Bolsas da Europa e dos EUA registraram fortes quedas logo na abertura, com os principais índices derretendo diante da crescente incerteza econômica. No Brasil, o cenário também é de queda, mas o país tem se mostrado relativamente menos afetado, surgindo até como possível “vencedor” em meio à nova guerra comercial.

 O índice Dow Jones chegou a cair mais de 3% no início do pregão, enquanto o S&P 500 e a Nasdaq também abriram em forte baixa, refletindo o temor dos investidores com os efeitos inflacionários e recessivos das medidas protecionistas. A apreensão aumentou com a sinalização de Trump nas redes sociais de que novas negociações podem ocorrer com países como Japão e outras nações interessadas em evitar as tarifas.

No Brasil, a queda do Ibovespa foi mais branda, em torno de 1,5% no início do dia. Em entrevista à CNN, Evandro Butini, sócio da Rio Bravo Investimentos, explicou que o Brasil foi um dos países menos atingidos, com tarifas mais baixas (cerca de 10%), o que explica a menor aversão ao risco por parte dos investidores locais.

Além disso, setores ligados a commodities podem se beneficiar indiretamente, como já ocorreu em governos anteriores de Trump. Países como a China, historicamente impactados por tarifas americanas, tendem a buscar novos parceiros comerciais, o que pode abrir espaço para o Brasil exportar mais soja, carne, celulose e minério de ferro.

“Por mais que os preços internacionais estejam em queda, pode haver descolamento nos preços da soja brasileira, por exemplo, devido ao aumento da demanda externa”, afirmou Butini.

Outro fator que ameniza os impactos no Brasil é o fato de o mercado local já estar descontado. Com ações negociadas a múltiplos atrativos, investidores enxergam oportunidade no país, em contraste com o cenário norte-americano, onde o risco parece se intensificar.

Ainda que a situação global demande cautela, há expectativa de que Trump recue parcialmente caso os diálogos comerciais avancem. Até lá, o Brasil deve continuar sendo observado de perto pelos investidores internacionais como uma alternativa viável de diversificação diante do novo mapa comercial que começa a se desenhar.

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