Nova tarifa de Trump pode elevar preço do iPhone nos EUA em até 50% e reduzir vantagem frente ao Brasil

Com novas tarifas sobre produtos chineses, preço do iPhone 16 pode subir para R$ 6.900 nos EUA, encurtando a diferença em relação ao valor no Brasil

A política comercial proposta por Donald Trump promete transformar o mercado global de eletrônicos e pode colocar um fim à vantagem histórica de brasileiros que compram iPhones nos Estados Unidos. Uma nova tarifa anunciada pelo ex-presidente norte-americano impõe um adicional de 34% sobre produtos vindos da China, somando-se aos 20% já existentes. Com isso, a alíquota total chega a impressionantes 54%.

Nos cálculos do economista Fernando Nacal, se a Apple repassar integralmente esse aumento para o consumidor final, o preço do novo iPhone 16, que atualmente custa US$ 799 no varejo americano, pode saltar para cerca de R$ 6.900 (considerando a cotação atual do dólar). No Brasil, o mesmo modelo é vendido por aproximadamente R$ 7.700. A diferença, que hoje é de cerca de 42%, cairia para meros 11%.

Esse cenário inédito quebra uma tradição consolidada entre consumidores brasileiros que viajam aos EUA para comprar eletrônicos por preços muito mais acessíveis do que no mercado nacional — uma prática comum por conta da alta carga tributária no Brasil. Até agora, mesmo com impostos locais, os produtos ainda saíam significativamente mais baratos.

“Chegaremos ao ponto em que comprar um iPhone no Brasil pode sair mais em conta do que nos Estados Unidos. Isso nunca aconteceu antes”, explica Nacal. A tendência pode se estender a outros produtos, como carros importados. A mesma política tarifária de Trump atinge agora veículos fabricados no Japão, como os da marca Honda, que passarão a pagar um adicional de 25% para entrar nos EUA. Isso encarecerá os preços para consumidores americanos, reduzindo ainda mais a diferença com o Brasil, onde os automóveis já enfrentam altos tributos.

A proposta de Trump, que visa proteger a indústria americana e desincentivar a produção em território chinês, pode provocar um efeito colateral: tornar os EUA menos atrativos para compras internacionais. Para o consumidor brasileiro, isso representa uma ruptura no paradigma do “melhor lugar para comprar eletrônicos”.

Se confirmada a nova política tarifária e caso empresas como a Apple transfiram os custos ao consumidor, o iPhone pode simbolizar uma mudança histórica no comércio global: a aproximação de preços entre dois mercados historicamente distantes.

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