O fundo imobiliário VRTA11 mostrou uma leve recuperação recentemente, com suas cotas subindo para o patamar de R$ 79 a R$ 80. Embora ainda distante dos valores históricos mais altos, esse movimento representa um alívio significativo para os cotistas. Afinal, após meses difíceis marcados por forte desvalorização, os investidores começam a observar sinais de retomada.
Principais movimentações recentes do VRTA11
Este mês trouxe novidades importantes para os investidores do VRTA11. O fundo adquiriu R$ 40 milhões em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) da Sumos Engenharia, com rentabilidade de IPCA + 11,5% ao ano, uma taxa bastante atrativa, porém considerada alta para o cenário atual. Além disso, realizou uma operação de alavancagem, substituindo uma dívida anterior por uma nova compromissada de R$ 33 milhões, o que sugere uma estratégia ativa da gestão em maximizar resultados, mesmo diante do cenário econômico ainda volátil.
Reserva financeira e distribuição de dividendos
O fundo permanece com uma estratégia consistente de distribuição de dividendos. Pelo terceiro mês consecutivo, o VRTA11 pagou R$ 0,85 por cota, acumulando uma reserva financeira de R$ 0,64 por cota, que garante certa estabilidade na distribuição futura. Essa reserva é especialmente relevante diante de um cenário de inflação mais controlada, proporcionando ao fundo maior conforto para manter pagamentos regulares e evitar oscilações abruptas.
Impactos das incorporações no portfólio do fundo
Um dos pontos de atenção na gestão do VRTA11 é a série de incorporações recentes, especialmente envolvendo fundos imobiliários (FIIs). Uma das mais recentes foi a incorporação do fundo ARM pelo RC, deixando o VRTA11 com mais de 300 mil cotas de ACC, adquiridas por um preço médio considerado elevado. Embora essas incorporações possam gerar valor no longo prazo, no curto prazo impactam negativamente devido ao alto custo médio dessas aquisições.
A carteira de fundos imobiliários do VRTA11, inclusive, é um ponto bastante criticado pelos analistas. Atualmente, cerca de 10% do patrimônio do fundo está alocado em outros FIIs, muitos resultantes de incorporações ou ancoragens passadas. Esse investimento é considerado um ponto fraco da carteira, visto que, na opinião de especialistas, esses recursos poderiam estar melhor empregados diretamente em CRIs, potencialmente gerando maior retorno aos cotistas.
Desafios e perspectivas futuras
Apesar das melhorias pontuais, o fundo ainda enfrenta desafios. O VRTA11 apresenta uma inadimplência baixa, com apenas o caso do BR Distribuidor gerando preocupações. Contudo, o valor patrimonial das cotas caiu substancialmente nos últimos 12 meses, de R$ 93 para cerca de R$ 86, influenciado diretamente pela marcação a mercado dos ativos.
Outro fator de preocupação é a dificuldade de desinvestimento das posições em outros fundos imobiliários adquiridos no passado. Muitas dessas posições foram adquiridas com preços médios elevados, dificultando a liquidação sem prejuízo significativo.
Estratégia atual e recomendações aos cotistas
Atualmente, a gestão do VRTA11 parece estar focada em estabilizar as operações, reduzindo o impacto negativo das decisões anteriores, especialmente no que se refere às incorporações de outros FIIs. A decisão recente de priorizar aquisições de CRIs de alta qualidade, como o caso recente da Sumos Engenharia, indica uma estratégia mais conservadora e segura.
Especialistas recomendam aos investidores manterem cautela e acompanharem de perto as movimentações futuras do fundo. Apesar dos desafios, o VRTA11 segue sendo uma opção viável para investidores que buscam dividendos consistentes, desde que estejam conscientes dos riscos envolvidos.
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