Com mais de 1,2 milhão de cotistas, o MXRF11 se consolidou como o fundo imobiliário mais acessível e querido da B3. Seu baixo preço — atualmente abaixo de R$10 — aliado à constância nos dividendos, faz dele uma das principais escolhas entre os investidores que buscam renda passiva mensal.
Mas afinal, será que o MXRF11 ainda é um bom investimento em 2025? Neste artigo, vamos explorar seus números, composição da carteira, histórico de rendimentos e o cenário atual para entender o real potencial do fundo.
Por que o MXRF11 atrai tantos investidores?
Preço acessível: cotas abaixo de R$10
Com uma única nota de R$10, o investidor já consegue adquirir uma cota do fundo. Isso torna o MXRF11 ideal para quem está começando a investir em fundos imobiliários ou busca diversificação com pouco capital. A comparação com o preço de uma Coca-Cola de 2 litros é simbólica: com uma pequena economia, você passa a receber renda mensal isenta de IR.
Dividendos mensais consistentes
Atualmente, o fundo distribui R$0,09 por cota, o que representa um yield próximo de 1% ao mês, isento de imposto de renda. Em 2024, o fundo pagou um total de R$1,17 por cota. Se mantiver os pagamentos de R$0,09 ao longo de 2025, o dividendo anual será de R$1,08, o que ainda é superior ao de 2021 e representa um retorno sólido frente a ativos conservadores.
Como o MXRF11 gera essa renda?
Composição da carteira: foco em CRIs
O fundo tem uma carteira fortemente concentrada em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), com mais de 89% de seus ativos alocados nesse tipo de papel. A maioria desses títulos está indexada ao IPCA, oferecendo proteção contra a inflação, enquanto uma parcela menor acompanha o CDI.
Além disso, o MXRF11 investe em:
-
Outros FIIs (fundo de fundos);
-
Imóveis físicos (participações menores);
-
Ativos em dólar (exposição pequena e marginal).
Entre os principais devedores dos CRIs da carteira, estão empresas de peso como CSN, Grupo Assaí, MRV, Coca-Cola, Prevent Senior e Fenza, o que traz mais segurança para o investidor.
Rentabilidade e reservas
Em janeiro de 2025, o fundo teve uma receita de R$42 milhões e um resultado líquido de R$39 milhões. Isso significa que, mesmo após distribuir dividendos, o fundo acumula reservas, criando uma margem de segurança para meses futuros com menor rendimento.
Gestão consolidada e liquidez diária
O MXRF11 é gerido pela XP Asset, com administração do BTG Pactual, dois dos maiores nomes do mercado financeiro nacional. Criado em 2012, o fundo já soma 13 anos de existência e mantém uma liquidez diária média de R$10 milhões, o que significa que você pode comprar ou vender cotas com facilidade e agilidade.
Vale a pena investir no MXRF11 em 2025?
Vantagens
-
Acessibilidade: investimento inicial muito baixo.
-
Dividendos mensais estáveis, com histórico sólido.
-
Carteira diversificada e devedores de alta qualidade.
-
Isenção de IR nos dividendos.
-
Liquidez elevada, facilitando entrada e saída.
Riscos e pontos de atenção
-
Rendimento pode cair se o fundo não ajustar os valores distribuídos.
-
Alta exposição a CRIs: embora indexados à inflação, o risco de crédito sempre existe.
-
Reformas tributárias em debate podem alterar a isenção de IR, embora os FIIs sigam fora da proposta por ora.
Comparativo com outras opções de renda
Se compararmos com outras alternativas de renda fixa e variável, como CDBs, LCIs e Tesouro IPCA, o MXRF11 ainda se mostra competitivo:
-
Enquanto LCIs exigem prazos longos e menor liquidez, o MXRF11 permite negociação diária.
-
CDBs com boas taxas muitas vezes têm aplicação mínima alta.
-
O Tesouro IPCA, embora seguro, tem marcação a mercado e liquidez D+1 ou D+2.
Com o MXRF11, o investidor combina acesso facilitado, rendimento mensal e liquidez imediata, um trio difícil de encontrar em outras opções.
O post MXRF11: o fundo imobiliário mais popular do Brasil está pagando dividendos de 1% ao mês — vale a pena investir? apareceu primeiro em O Petróleo.