Você sabia? ISA Energia pode pagar até 23% em dividendos com acordo bilionário previsto para 2025

A ISA Energia, uma das principais transmissoras de energia elétrica do Brasil, está prestes a encerrar uma disputa judicial que se arrasta há quase duas décadas. A empresa negocia com o governo de São Paulo um acordo que pode resultar no ressarcimento de R$ 2,5 bilhões, referentes a complementações de aposentadoria pagas indevidamente a ex-funcionários da antiga CESP. Se confirmado ainda em 2025, o acordo poderá representar um divisor de águas para a companhia — e para seus acionistas.

Entenda o caso: disputa com raízes nos anos 70

O impasse teve origem na cisão da CESP (Companhia Energética de São Paulo) na década de 1970, quando a ISA Energia — anteriormente conhecida como ISA CTEEP — foi constituída a partir de ativos de transmissão da antiga estatal. Desde 2005, a empresa tem arcado com cerca de R$ 200 milhões por ano em complementações de aposentadoria de funcionários contratados originalmente pela CESP, o que representa um impacto significativo em seu caixa.

Segundo a ISA Energia, essa despesa deveria ser responsabilidade do governo estadual, uma vez que os funcionários em questão nunca foram formalmente contratados pela transmissora. A boa notícia para os investidores é que o processo já está em fase avançada de conciliação com a Fazenda Pública do Estado de São Paulo, sem necessidade de julgamento de mérito.

Impacto bilionário no caixa da empresa

Se a negociação for concluída com sucesso, a ISA Energia poderá receber até R$ 2,5 bilhões, valor que equivale a cerca de 10% de seu valor de mercado atual. Além do montante em si, a empresa deixaria de desembolsar R$ 200 milhões anuais, aliviando significativamente suas despesas operacionais.

Ainda que o pagamento não deva ocorrer integralmente de uma só vez — com possibilidade de parcelamentos, uso de créditos fiscais ou até descontos —, a perspectiva de um desfecho positivo já tem animado o mercado. Na época em que a notícia ganhou fôlego, as ações da companhia chegaram a superar R$ 27, antes de recuar novamente.

E se a indenização virasse dividendos? Simulação revela dividend yield acima de 23%

Vamos a uma hipótese: caso a ISA Energia decidisse distribuir 75% do valor recebido como dividendos — seguindo sua política usual —, cerca de R$ 1,87 bilhão poderia ser repassado aos acionistas. Isso significaria um pagamento aproximado de R$ 2,84 por ação, resultando em um dividend yield de impressionantes 12,73% considerando a cotação atual de R$ 22,34.

Somando esse valor aos dividendos recorrentes já pagos com base no lucro operacional, o yield total poderia ultrapassar 23,25% no curto prazo — uma verdadeira máquina de geração de renda para o investidor que já detém os papéis.

Apesar disso, analistas apontam que é mais provável que a empresa utilize parte relevante do recurso para reduzir dívidas ou financiar seus ambiciosos projetos de expansão, mantendo sua saúde financeira e assegurando crescimento sustentável.

ISA Energia: crescimento sólido e eficiência operacional

A ISA Energia vem consolidando sua posição como uma das maiores e mais eficientes operadoras de transmissão do país. Atualmente, a empresa conta com:

  • Receita anual regulada (RAP) de R$ 5,3 bilhões

  • 1 bilhão de reais em investimentos em execução

  • 21 mil km de linhas de transmissão já energizadas

  • Operações em 18 estados brasileiros, com destaque para São Paulo, onde transmite 95% da energia

  • Prazo médio de concessões de 21 anos, assegurando receita estável no longo prazo

Além disso, a companhia tem um histórico de antecipação média de 7 meses na entrega de seus projetos, o que gera receitas adicionais e reforça sua reputação em eficiência.

Projeção de dividendos e preço teto para 2025

Segundo simulações com base no lucro regulatório e no payout histórico da empresa, espera-se um dividendo líquido de aproximadamente R$ 1,69 por ação em 2025, o que representaria um dividend yield de 7,5%.

A partir dessa projeção, o preço teto estimado é de R$ 24,00, o que ainda oferece uma margem de segurança de 6,6% frente à cotação atual. Para investidores mais exigentes, buscando um yield mínimo de 8%, o preço teto ajustado seria de R$ 21,00.

ISA Energia entre as melhores pagadoras de dividendos da bolsa

No ranking elaborado com base na metodologia de dividendos de Benjamin Graham (Dio Bazin), a ISA Energia figura entre as 14 ações mais baratas da bolsa para quem busca renda, com dividend yield médio de 9,8% nos últimos 5 anos e forte histórico de valorização.

Entre 2013 e 2024, a ação acumulou retorno total de 530%, superando concorrentes como a Taesa (411%) e até o CDI. Isso demonstra que, mesmo no segmento tradicional de transmissão, ainda há espaço para crescimento e rentabilidade consistente.

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