Se você investe na bolsa ou quer começar agora, aqui vai um alerta valioso: algumas ações brasileiras estão no radar das principais casas de análise do país — e com potencial de valorização surpreendente. Em meio à volatilidade do mercado, especialistas estão identificando oportunidades fora do radar que podem render até 80% em 2025.
Reunimos as recomendações mais recentes dos bancos e corretoras, analisando empresas que prometem sacudir o mercado nos próximos meses. E sim, tem uma mineradora esquecida, uma gigante de locações e até Petrobras na lista.
CBA (Companhia Brasileira de Alumínio): Mineradora fora do radar pode render até 50%
Pode parecer surpreendente, mas a mineradora que mais está chamando atenção dos analistas em 2025 não é a Vale. A CBA, controlada pela Votorantim e especializada em alumínio, vem ganhando força mesmo após ter seu preço-alvo revisado para baixo pelo banco Safra. E por quê?
Segundo o Safra, o recuo no preço-alvo aumentou o espaço de valorização para 50%, tornando o risco-retorno mais atrativo. O Itaú BBA também embarcou nessa visão otimista e mudou sua recomendação para compra. A lógica? O desempenho recente fraco das ações abriu uma excelente janela de entrada.
Além disso, o UBS BB, que iniciou a cobertura do setor de metais e mineração, destacou a CBA como a única empresa brasileira com recomendação de compra no segmento. O banco acredita que a empresa vai se beneficiar do aumento no preço do alumínio, da desvalorização do real e da sua postura mais conservadora, focada em reduzir dívidas ao invés de se arriscar com grandes aquisições.
Vamos (VAMO3): Potencial de valorização de 80% após reestruturação
A Vamos, empresa de locação de caminhões e equipamentos, foi destaque após apresentar um lucro líquido de R$ 213 milhões no último trimestre de 2024, com crescimento de mais de 170% em relação ao ano anterior.
Este foi o primeiro trimestre após a separação societária da divisão automotiva, e os analistas do BTG Pactual gostaram do que viram. A recomendação segue fortemente de compra, com projeção de valorização próxima a 80%, segundo o Bradesco BBI.
Mesmo o banco Safra, mais conservador, manteve a recomendação de compra, destacando o bom desempenho operacional e a eficiência da nova estrutura.
Multiplan: Entre apostas e cautela
Nem tudo é unanimidade no mercado. A Multiplan, uma das maiores administradoras de shoppings do Brasil, divide opiniões. O JP Morgan, por exemplo, reduziu o preço-alvo da ação, citando a alavancagem e os juros altos como riscos relevantes. A recomendação da casa é neutra.
Por outro lado, o Itaú BBA mantém a Multiplan como uma de suas principais apostas, destacando o portfólio premium da companhia e o crescimento robusto nas vendas, com alta de dois dígitos apenas em janeiro. Ou seja, uma ação para se observar de perto.
Brava Energia: Desempenho fraco, mas expectativa forte
Mesmo com um prejuízo no quarto trimestre de 2024, a Brava Energia viu suas ações subirem. A explicação? A empresa está em fase de expansão acelerada, com foco em dobrar a produção de Atlanta até o meio de 2025.
Analistas do Santander e do BTG mantêm a recomendação de compra, apostando no crescimento operacional e na estratégia de desalavancagem da companhia. Já o Goldman Sachs se mantém neutro, mas admite que o papel pode surpreender, especialmente com a alta do petróleo dando suporte ao setor.
Petrobras (PETR4): Riscos elevados, mas dividendos ainda atrativos
A Petrobras continua dividindo opiniões no mercado. O UBS BB manteve a recomendação de compra, mas alertou para os aumentos nos investimentos em 2024, que podem comprometer o fluxo de caixa e os dividendos.
Ainda assim, o banco listou quatro motivos para continuar otimista:
- O mercado pode estar exagerando no pessimismo.
- Os dividendos seguem atrativos, com projeção de 13,2% de yield em 2025.
- A produção deve crescer com a adição de 300 mil barris por dia entre 2025 e 2026.
- O cenário político das eleições de 2026 pode abrir novas oportunidades.
Mesmo com a revisão para baixo no fluxo de caixa, a Petrobras ainda oferece um dos melhores retornos em dividendos da B3.
Equatorial: Proteção contra inflação e cenário econômico difícil
Quer uma ação para proteger sua carteira em tempos de incerteza? Os analistas do BTG Pactual recomendam a Equatorial (EQTL3) como um dos melhores nomes do setor de utilities.
A empresa entrou na carteira 105 do BTG, que reúne as principais apostas do banco. A justificativa? A Equatorial oferece:
- Exposição à assimetria de taxas reais no longo prazo;
- Proteção natural contra a inflação;
- Fluxo de caixa resiliente, mesmo em cenários de desaceleração econômica.
É uma ação recomendada para quem busca estabilidade e valorização, mesmo em tempos de incerteza.
Oportunidades de alto potencial para 2025
Com tantas atualizações nas recomendações de ações, o investidor que acompanha o mercado de perto pode identificar pontos de entrada extremamente vantajosos. CBA, Vamos, Petrobras e Equatorial aparecem como fortes candidatas para valorização, enquanto Multiplan e Brava Energia dividem opiniões, mas ainda estão no radar.
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