A percepção popular sobre a condução da economia pelo governo federal sofreu uma deterioração significativa, de acordo com os dados mais recentes da Pesquisa Nacional de Avaliação do Futuro, divulgada pelo site da CN. O levantamento, realizado entre os dias 19 e 21 de março de 2025, aponta que 64,7% dos brasileiros avaliam como “ruim” ou “péssima” a atuação do governo Lula no controle da inflação.
A reprovação cresceu de forma expressiva: em fevereiro de 2024, esse índice era de 45,7%, o que representa um salto de 19 pontos percentuais em pouco mais de um ano. Por outro lado, apenas 13,5% dos entrevistados consideram a gestão inflacionária como “boa” ou “ótima” um percentual baixo, que reforça a crescente insatisfação da população com o cenário econômico.
A pesquisa ouviu 100 pessoas, com margem de erro de 3,1 pontos percentuais, para mais ou para menos. Embora a amostragem seja limitada, os resultados apontam uma tendência preocupante para o governo, especialmente em um contexto de pressões inflacionárias persistentes, que têm corroído o poder de compra das famílias e afetado diretamente os preços de alimentos, combustíveis e serviços básicos.
Inflação: o calcanhar de aquiles do governo Lula
A inflação foi destacada como o principal problema econômico da atual gestão, superando temas como desemprego, juros altos e crescimento do PIB. A percepção negativa pode ter sido agravada pela manutenção da taxa Selic em níveis elevados, o que, segundo especialistas, não tem sido suficiente para conter os preços, ao passo que desestimula investimentos e consumo.
No cenário político, a piora na avaliação da inflação também pressiona o governo Lula a buscar medidas mais eficazes de contenção de preços, sob risco de desgaste ainda maior junto à opinião pública. A expectativa do mercado é que o governo anuncie ações estruturais para redução de gastos públicos e estímulo à produtividade, elementos considerados cruciais para atacar a inflação de forma sustentável.
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