PORD11 não tem mais problema: fundo resolve passivo, paga bem e continua barato

O fundo imobiliário PORD11, também conhecido como “Pão da Massa”, vem chamando atenção do mercado após apresentar um relatório gerencial de fevereiro bastante positivo. Com cota de mercado em torno de R$ 8,04, o fundo ainda opera com um deságio significativo em relação ao seu valor patrimonial. Porém, ao contrário do que esse desconto pode sugerir, o PORD11 resolveu seu principal problema: o risco de calote da empresa Novo Mundo.

Fundo resolve pendência judicial e recupera parte do ativo

O grande destaque do mês foi a evolução no processo de Recuperação Judicial (RJ) da Novo Mundo, devedora de um dos CRIs da carteira. Em decisão de segunda instância, a justiça reconheceu a legitimidade da retenção dos valores pela cessão fiduciária, o que significa que o fundo poderá recuperar cerca de 35% da marcação atual do ativo — valor que havia sido praticamente zerado no balanço.

Isso representa uma vitória jurídica relevante não só para o PORD11, mas para o mercado de CRIs como um todo, já que reforça a segurança jurídica das garantias oferecidas nas operações estruturadas.

Coteminas segue adimplente e traz confiança à carteira

Outro ponto de atenção era o CRI da Coteminas, empresa em processo de recuperação judicial. No entanto, até o momento, o ativo continua adimplente, sem qualquer sinal de inadimplência. O fundo reforça que, apesar do risco jurídico da RJ, as garantias estruturais seguem protegendo o fluxo de pagamento.

Isso leva a uma conclusão importante: o PORD11 hoje não tem nenhum CRI inadimplente em sua carteira. O temor em relação à qualidade dos ativos não se justifica mais.

Dividendos continuam atrativos: mais de 1% ao mês

Com pagamento de R$ 0,09 por cota no último mês, o PORD11 mantém um rendimento mensal superior a 1% ao mês, o que o coloca entre os fundos de papel mais atrativos da B3. Especificamente, o yield atual gira em torno de 1,16% ao mês, mesmo com cerca de 20% do patrimônio em caixa — valor ainda elevado e que poderia ser melhor aproveitado para turbinar os rendimentos.

Entenda o impacto da inflação no rendimento

O fundo indexa parte de sua carteira à inflação (IPCA), mas o repasse acontece com dois meses de defasagem. Isso significa que o rendimento de fevereiro, por exemplo, considera a inflação de dezembro.

A inflação de janeiro (que foi mais baixa) deve impactar o rendimento de março, mas a inflação de fevereiro — que foi de 1,3% — será refletida em abril, com pagamento em maio. Ou seja: a tendência é que o fundo mantenha seus pagamentos entre R$ 0,085 e R$ 0,09 por cota, o que garante previsibilidade ao cotista.

Nova alocação: compra de debênture com taxa atrativa

Durante o mês, o fundo alocou parte do capital em uma nova debênture atrelada ao CDI + 1,58%, o que equivale a um retorno estimado de IPCA + 9,85%. Esse movimento reforça a estratégia do fundo de buscar ativos de qualidade com retornos acima da média, aproveitando oportunidades no mercado de crédito privado.

Por que o fundo ainda mantém caixa elevado?

Mesmo após bons resultados e melhora da carteira, o fundo mantém cerca de 20% de seu patrimônio líquido em caixa. Segundo o relatório, o cenário macroeconômico — com crédito restrito e empresas em dificuldade — exige cautela na alocação dos recursos.

Além disso, o fundo informa que está dando preferência a operações estruturadas proprietárias, com cláusulas de garantia mais robustas. Ou seja, está sendo criterioso, mas talvez um pouco lento na alocação. Ainda assim, o retorno do caixa investido em títulos de renda fixa (CDI em 13,65% ao ano) garante algum rendimento no curto prazo.

Deságio ainda persiste: oportunidade de entrada?

Mesmo com o cenário muito mais positivo, o PORD11 ainda é negociado com um deságio expressivo em relação ao seu valor patrimonial. Essa distorção pode ser uma excelente oportunidade para o investidor que busca renda passiva com risco reduzido e margem de valorização.

O fundo resolveu o principal problema de sua carteira, segue pagando dividendos atrativos e agora está em busca de novas alocações. Para muitos analistas, isso justifica uma reprecificação das cotas ao longo dos próximos meses.

PORD11 virou a chave?

O relatório de fevereiro marca uma virada de página para o fundo PORD11. A vitória judicial no caso Novo Mundo e a manutenção da adimplência na Coteminas mostram que o fundo hoje está sólido, seguro e com alto potencial de geração de renda.

O deságio atual pode não durar muito — especialmente se novas alocações forem feitas com sucesso. Para quem busca rentabilidade consistente, risco controlado e potencial de valorização, o PORD11 parece ter reencontrado o caminho.

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