Como a proposta do GGRC11 impacta o futuro do HELG11?

Os fundos imobiliários GGRC11 e HELG11 recentemente anunciaram uma proposta significativa: o GGRC11 pretende adquirir todos os ativos imobiliários do HELG11. Essa transação, embora pareça simples à primeira vista, envolve detalhes complexos que exigem uma atenção especial dos cotistas.

O que está sendo proposto?

O GGRC11 propôs adquirir quatro ativos do HELG11 (Hack Log Extrema, Cotia, Contagem e Queimados) por meio de uma emissão privada de cotas, sendo o HELG11 o único subscritor. Ao invés de dinheiro, o HELG11 receberia 11.789.417 cotas do GGRC11, avaliadas em R$11,32 cada, totalizando aproximadamente R$133 milhões.

Impactos diretos no patrimônio dos fundos

Apesar do valor acordado, há um ponto importante: os imóveis avaliados em R$147 milhões serão adquiridos por um valor inferior (R$133 milhões). Isso significa que, enquanto o HELG11 terá um retorno acima do que investiu originalmente (R$110 milhões), o preço está abaixo do valor atual dos ativos.

Como fica o cotista do HELG11?

Para o cotista do HELG11, inicialmente, a proposta parece vantajosa, já que potencialmente aumentaria os rendimentos distribuídos. Atualmente, com 1000 cotas, um cotista recebe R$680 mensais. Após a aquisição, com as cotas recebidas do GGRC11 e considerando a taxa de administração do HELG11, o rendimento mensal passaria para cerca de R$780, representando um aumento de aproximadamente 15%.

Entretanto, existem riscos ocultos. Primeiro, o valor patrimonial por cota do HELG11 cairia significativamente, de R$115 para aproximadamente R$100, podendo ainda diminuir caso as cotas do GGRC11 sigam desvalorizadas no mercado secundário.

Riscos e travamentos da proposta

A proposta inclui algumas condições para proteger o HELG11:

  • Ajustes de preço: Durante os próximos 12 meses, o HELG11 terá dois momentos para ajustes no preço das cotas recebidas caso o GGRC11 permaneça desvalorizado. Isso significa possíveis novas emissões de cotas pelo GGRC11 para compensar essas diferenças, o que poderia impactar negativamente o rendimento distribuído.
  • Limitação para venda: O HELG11 fica limitado a vender apenas R$4 milhões em cotas por mês, distribuídos diariamente em no máximo R$200 mil, o que reduz drasticamente sua capacidade de liquidez imediata.

Implicações para o GGRC11

Para os cotistas do GGRC11, os riscos são mais claros:

  • Possibilidade alta de emissões adicionais para cobrir ajustes de preço, aumentando a base de cotas sem correspondente aumento na receita.
  • Pressão negativa sobre o valor de mercado, dificultando valorização das cotas acima de R$11,32, preço da emissão.

Embora os imóveis adquiridos sejam consistentes com o portfólio do GGRC11, o impacto das possíveis novas emissões pode comprometer a performance financeira do fundo.

Cotistas do HELG11 precisam votar

Os cotistas do HELG11 têm papel fundamental: precisam aprovar ou rejeitar essa transação em assembleia. Importante lembrar que é necessário um quórum mínimo de 25% das cotas para validar a decisão. A votação ocorre até 3 de abril.

Para o HELG11, a proposta parece favorável devido à proteção garantida e ao potencial aumento de rendimentos. Já para o GGRC11, embora expanda o portfólio, o risco financeiro das emissões adicionais pode ser um ponto negativo significativo.

Essa negociação ressalta a importância de avaliar detalhadamente todos os fatores envolvidos antes de tomar decisões. Se você é cotista, reflita sobre o impacto a longo prazo que essa aquisição pode trazer ao seu investimento.

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