Renda fixa em alta: como aproveitar juros reais de 10% ao ano com baixo risco

Nos últimos meses, o cenário de investimentos no Brasil passou por uma virada. Com o CDI girando em torno de 13% a 14% ao ano, muitos investidores têm deixado a renda variável de lado para buscar segurança e rentabilidade na renda fixa. Mas afinal, como montar uma carteira inteligente nesse novo momento do mercado?

Neste artigo, vamos explorar as melhores oportunidades de investir em renda fixa em 2025, com foco em títulos pós-fixados, IPCA+ e pré-fixados, além de dicas para quem já construiu sua reserva de emergência e quer diversificar com segurança.

O que explica a volta do interesse pela renda fixa?

O principal atrativo está nos juros reais: com inflação controlada entre 5% e 7% e aplicações rendendo mais de 15% ao ano, é possível obter até 10% de retorno real ao ano, algo raro mesmo para padrões brasileiros. Em outras palavras, é possível ganhar dinheiro com pouco ou nenhum risco, simplesmente deixando o dinheiro aplicado.

Esse cenário tem estimulado a migração de investidores da bolsa para aplicações mais previsíveis e estáveis — como os CDBs, Tesouro Selic, LCI/LCA e Tesouro IPCA+.

Como montar uma carteira de renda fixa eficiente?

Comece pela reserva de emergência

Antes de pensar em retornos maiores, o primeiro passo é garantir liquidez. Para isso, aplique em produtos com resgate rápido e isenção de imposto, como:

  • Tesouro Selic

  • CDB com liquidez diária

  • LCIs e LCAs de curto prazo

Esses ativos garantem acesso ao dinheiro em momentos de emergência e não estão sujeitos à volatilidade.

Oportunidades para diversificar a carteira

Com a reserva de emergência montada, é hora de pensar em diversificação. Não existe “o melhor investimento”, e sim a melhor combinação entre ativos. Veja algumas opções:

Títulos Pós-fixados: ganhando com o CDI alto

  • CDBs de bancos médios com rendimento de 110% do CDI

  • LCIs/LCAs com isenção de IR e rentabilidade acima de 100% do CDI

Esses ativos pagam mais do que o Tesouro Selic e são ideais para prazos de até 2 anos.

Títulos IPCA+: proteção contra a inflação

  • Tesouro IPCA+ 2035, 2045 com juros reais entre 7% e 7,5% ao ano

Esses títulos são ideais para aposentadoria ou objetivos de longo prazo. A cada ano, o investidor recebe a inflação do período mais uma taxa fixa real, garantindo poder de compra no futuro.

Dado curioso: Apenas 0,22% do tempo na história recente o Brasil ofereceu juros reais acima de 7,5% ao ano — uma chance rara que pode não durar muito tempo.

Títulos Pré-fixados: oportunidade ou armadilha?

Apesar da taxa atrativa, os títulos pré-fixados carregam um risco maior: a inflação futura. Se a inflação subir muito, o ganho real será corroído. Por isso, muitos especialistas recomendam mais cautela nesse tipo de ativo, principalmente para prazos mais longos.

Qual o melhor título para investir em 2025?

A resposta depende do seu perfil e horizonte de investimento. Mas em termos gerais:

  • Curto prazo (até 1 ano): CDB pós-fixado, LCI/LCA, Tesouro Selic

  • Médio prazo (2 a 5 anos): Tesouro IPCA+, CDB prefixado com taxas superiores a 13%

  • Longo prazo (10+ anos): Tesouro IPCA+ com vencimento em 2035 ou 2045

Essa combinação garante rentabilidade, segurança e diversificação, além de proteger seu capital da inflação e de incertezas políticas ou fiscais.

E o risco político e fiscal do Brasil?

Sempre que se fala em renda fixa no Brasil, é preciso considerar a instabilidade econômica. Um eventual descontrole fiscal pode levar à impressão de moeda e, consequentemente, à alta da inflação.

Nesse cenário, o Tesouro IPCA+ se torna ainda mais valioso, pois corrige o rendimento pela inflação oficial, garantindo que seu dinheiro não perca valor mesmo em cenários adversos.

O post Renda fixa em alta: como aproveitar juros reais de 10% ao ano com baixo risco apareceu primeiro em O Petróleo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Review Your Cart
0
Add Coupon Code
Subtotal

 
Rolar para cima