Tesouro IPCA não é tudo isso? Entenda por que ETFs de renda fixa podem ser mais vantajosos

O Tesouro IPCA é frequentemente visto como uma escolha certeira para quem busca proteger seus investimentos da inflação. Afinal, trata-se de um título público que oferece rendimento real acima do IPCA, o principal índice de inflação do país. Mas será que é mesmo uma escolha tão inteligente? O problema está nos detalhes: taxas ocultas, spreads e conflitos de interesse podem corroer a rentabilidade prometida — e pouca gente fala sobre isso.

O que é o Tesouro IPCA e como ele funciona

O Tesouro IPCA é um título público emitido pelo governo brasileiro que garante uma rentabilidade composta por duas partes: uma taxa fixa (acordada na hora da compra) e a variação da inflação medida pelo IPCA. Isso o torna uma opção atrativa para preservar o poder de compra ao longo do tempo.

Além disso, como é um título do governo federal, ele praticamente não oferece risco de crédito. Ainda assim, isso não significa que não existam outros riscos — como o risco de mercado e, principalmente, o custo escondido na intermediação.

A armadilha dos spreads: o que você realmente está pagando

O grande problema do Tesouro IPCA, na prática, está nos spreads aplicados pelas corretoras. O que muitos investidores não percebem é que existe uma diferença entre a rentabilidade real do título e a rentabilidade oferecida por corretoras e assessores.

Essa diferença — o spread — é o que garante lucro às instituições financeiras. E quanto maior o prazo do título, maior tende a ser o spread. Por isso, é comum que assessores indiquem títulos longos, alegando que você pode vendê-los a mercado, mesmo sabendo que isso expõe o investidor ao risco de marcação a mercado.

Como verificar o rendimento real

Para saber se está pagando caro ou não por um título, basta consultar o site oficial do Tesouro Direto. Lá, você pode comparar a taxa real com a que está sendo oferecida pela sua corretora. Essa simples atitude pode revelar um custo significativo embutido em sua aplicação.

Modelos de remuneração: transparência faz a diferença

No mercado financeiro, existem dois principais modelos de remuneração:

  • Fee-based (taxa fixa): você paga um valor previamente acordado para que seu patrimônio seja gerido de forma independente, sem conflitos de interesse.

  • Commission-based (comissão por produto): o assessor ou corretora é remunerado com base nos produtos que indica — o que pode gerar uma carteira cheia de títulos com alta comissão, mas pouca eficiência.

Esse segundo modelo ainda é o mais comum no Brasil, mas tem sido alvo de críticas. Afinal, muitos investidores não sabem que estão sendo cobrados indiretamente, o que prejudica a relação de confiança e transparência.

ETF de renda fixa: uma alternativa eficiente e barata

Se você busca uma forma de investir com mais clareza e menor custo, os ETFs de renda fixa surgem como uma excelente alternativa. Eles são fundos que replicam índices de mercado, como o IMAB5, que acompanha o desempenho de uma carteira teórica de títulos públicos atrelados ao IPCA com vencimento de até 5 anos.

Por que o IMAB5 se destaca?

Nos últimos anos, o IMAB5 teve uma performance superior a outros indicadores como Ibovespa, CDI e até mesmo a própria inflação. Isso se deve ao seu foco em títulos indexados à inflação com vencimentos médios, oferecendo boa rentabilidade com menor volatilidade.

Conheça o B5P211: ETF que replica o IMAB5

O ETF B5P211 é uma das opções mais populares para quem quer investir em títulos públicos atrelados ao IPCA com mais transparência. Ele cobra uma taxa de administração de apenas 0,2% ao ano — muito menor do que o spread cobrado na compra direta por corretoras.

Pontos importantes sobre o B5P211:

  • Sem distribuição de dividendos: os rendimentos são reinvestidos automaticamente, aumentando o valor das cotas.

  • Negociado em bolsa: pode ser comprado como uma ação comum.

  • Diversificação e transparência: evita a concentração em um único papel ou emissor.

Por que pouca gente fala sobre os ETFs de renda fixa?

A resposta está na estrutura de incentivos. Como assessores e corretoras não ganham com a venda de ETFs, esses produtos acabam fora da prateleira principal — mesmo sendo, muitas vezes, mais vantajosos para o investidor.

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