Os fundos imobiliários de base 10, com cotas negociadas abaixo dos R$ 10, vêm chamando a atenção de investidores que desejam começar a construir uma renda passiva sem desembolsar grandes quantias. Em um vídeo recente no YouTube, o investidor Alessandro compartilhou quanto recebeu de dividendos dos dois FIIs que mantém em carteira — MXRF11 e GARE11 —, detalhou valores investidos e simulou possíveis resultados com aportes mensais de R$ 200 ao longo de um ano.
A seguir, vamos destrinchar os números, entender o perfil desses fundos e ver como o efeito dos juros compostos pode acelerar o crescimento da sua renda mensal.
O que são FIIs de base 10?
Os chamados “FIIs de base 10” são fundos imobiliários com cotas negociadas geralmente entre R$ 8 e R$ 10, o que os torna mais acessíveis para investidores iniciantes ou para quem busca diversificação com baixo capital. Dois dos principais representantes desse grupo são:
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MXRF11: fundo de papel híbrido, com forte presença em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e parte do portfólio alocado em imóveis físicos.
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GARE11: fundo de tijolo híbrido, com imóveis de renda urbana e logística, e distribuição mensal consistente de proventos.
Quanto Alessandro recebeu de dividendos?
Atualmente, Alessandro possui:
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MXRF11: 765 cotas
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Valor investido: R$ 6.930,30
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Dividendos em março: R$ 68,85
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GARE11: 510 cotas
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Valor investido: R$ 4.345,20
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Dividendos em março: R$ 42,33
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Total recebido no mês: R$ 111,18
Esse valor foi reinvestido nos próprios FIIs, maximizando o efeito bola de neve na carteira — uma das estratégias mais eficazes para acelerar a renda passiva com fundos imobiliários.
Simulação 1: Investindo R$ 1.000 em cada fundo
Cenário 1: Sem aportes mensais
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MXRF11 (cota a R$ 9,50):
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110 cotas iniciais
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Total de dividendos em 12 meses: R$ 125,10
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Cotas ao final do ano (com reinvestimento): 122
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GARE11 (cota a R$ 8,53):
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117 cotas iniciais
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Dividendos em 12 meses: R$ 117,90
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Cotas finais: 132
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Cenário 2: Aportando R$ 200/mês
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MXRF11:
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Dividendos anuais: R$ 286,00
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Último mês: R$ 36,18
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Cotas finais: 402
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GARE11:
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Dividendos anuais: R$ 269,20
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Último mês: R$ 34,00
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Cotas finais: 425
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Simulação 2: Investindo R$ 5.000 em cada fundo
Sem aportes mensais
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MXRF11 (552 cotas):
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Dividendos no ano: R$ 629
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Cotas finais: 615
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Último dividendo mensal: R$ 55,35
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GARE11 (586 cotas):
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Dividendos no ano: R$ 629,20
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Último dividendo: R$ 51,92
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Cotas finais: 649
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Com aportes mensais de R$ 200
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MXRF11:
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Dividendos no ano: R$ 982,80
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Último dividendo: R$ 80,55
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Cotas finais: 991
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GARE11:
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Dividendos no ano: R$ 881,90
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Último dividendo: R$ 75,60
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Cotas finais: 945
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Perfil dos fundos analisados
MXRF11 – Maxi Renda FII
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Tipo: Papel híbrido
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Dividend Yield atual: 12,76% a.a.
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P/VP: 0,98 (leve desconto)
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Cotação: R$ 9,50
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Liquidez média diária: R$ 11,7 milhões
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N° de investidores: 1,23 milhão
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Patrimônio: R$ 4,02 bilhões
GARE11 – GGR Covepi Renda
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Tipo: Tijolo híbrido
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Dividend Yield atual: 12,43% a.a.
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P/VP: 0,92 (bom desconto)
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Cotação: R$ 8,53
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Liquidez diária: R$ 5,05 milhões
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N° de investidores: 314 mil
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Patrimônio: R$ 1,36 bilhão
FIIs baratos, resultados consistentes
A simulação feita por Alessandro mostra que, mesmo com investimentos relativamente baixos, é possível construir uma fonte de renda recorrente com fundos imobiliários de base 10. O ponto-chave é o reinvestimento dos dividendos e a disciplina nos aportes mensais.
Seja com R$ 1.000 ou R$ 5.000 iniciais, o crescimento do número de cotas ao longo de um ano evidencia o poder dos juros compostos e da consistência na estratégia.
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