Ibovespa fecha em alta com ata dura do Copom, entrada de estrangeiros e caçada por pechinchas

A terça-feira (25) foi marcada por alívio nos mercados financeiros e bom humor na bolsa brasileira. O Ibovespa fechou em alta de 0,6%, aos 132.006 pontos, impulsionado por uma combinação de fatores que surpreenderam os investidores. Apesar do tom mais duro da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado reagiu de forma positiva, interpretando a postura firme do Banco Central como um sinal de comprometimento com a meta de inflação.

Além disso, houve forte busca por ações consideradas baratas e sensíveis à queda dos juros futuros, o que atraiu o apetite de investidores locais e estrangeiros. O dólar, por sua vez, recuou 0,8%, encerrando o dia cotado a R$ 5,70.

Ata do Copom mais dura alivia os mercados

O principal motor da alta do Ibovespa foi a ata da última reunião do Copom, que surpreendeu ao adotar um tom mais rígido do que o esperado. Todos os membros do comitê expressaram desconforto com a inflação ainda elevada e indicaram que os juros devem permanecer altos por mais tempo, se necessário.

Embora, em um primeiro momento, esse tipo de postura possa parecer negativa para a economia e os mercados, a sinalização clara de que o Banco Central está comprometido em manter a inflação sob controle foi bem recebida pelos investidores. Como reflexo disso, os juros futuros caíram, especialmente nas curvas de médio e longo prazo, abrindo espaço para valorização das ações ligadas ao consumo e ao varejo, que são sensíveis à taxa de juros.

Caça às pechinchas impulsiona ações descontadas

Outro fator que deu força à bolsa foi o movimento de investidores em busca de ações excessivamente descontadas. Após quedas recentes, muitos papéis estavam sendo negociados a preços atrativos, o que estimulou uma verdadeira “caça às pechinchas”.

Empresas do setor de varejo, construção civil e tecnologia, que vinham sendo penalizadas nos últimos meses, apresentaram altas expressivas durante o dia. Esse movimento indica um maior apetite por risco por parte do investidor — tanto nacional quanto internacional.

Fluxo estrangeiro volta a fortalecer o Ibovespa

A entrada de capital estrangeiro também teve papel fundamental na recuperação do índice. Grandes fundos internacionais voltaram a investir no mercado acionário brasileiro, atraídos pelos preços baixos e pelo potencial de valorização das ações.

O Brasil voltou ao radar global após sinalizações mais firmes da autoridade monetária e melhora na percepção de estabilidade política e econômica. Com isso, o fluxo de recursos externos ajudou a dar sustentação ao pregão positivo.

Demanda por novo consignado aquece setor bancário

Outro ponto de apoio à bolsa foi a boa demanda registrada pelo novo crédito consignado, uma linha com potencial para impulsionar o consumo e, consequentemente, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

A expectativa de maior dinamismo na economia beneficiou diretamente as ações dos grandes bancos, que também se valorizaram no pregão. A perspectiva de melhora nas carteiras de crédito e aumento na rentabilidade com menor inadimplência trouxe otimismo para o setor financeiro.

Cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia melhora apetite global por risco

Por fim, uma notícia vinda do cenário internacional também contribuiu para o ambiente mais positivo: Rússia e Ucrânia concordaram com um cessar-fogo temporário na região do Mar Negro. A trégua reduziu a percepção de risco geopolítico e favoreceu o apetite por ativos de países emergentes, como o Brasil.

Esse contexto ajudou a consolidar a melhora nos mercados globais e trouxe alívio também para o câmbio, contribuindo para a queda do dólar frente ao real.

Análise Final: mercado vê compromisso com estabilidade como positivo

Apesar do tom “duro” da ata do Copom, a leitura do mercado foi de que a autoridade monetária está agindo com responsabilidade frente aos desafios inflacionários. Isso reduziu a incerteza e reforçou a confiança dos agentes econômicos.

Com a combinação de juros futuros em queda, ações descontadas, entrada de fluxo estrangeiro e apetite global por risco, o Ibovespa encontrou terreno fértil para um movimento de alta — ainda que moderado no fechamento.

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