AZIN11 surpreende com dividendos recordes e rentabilidade de quase 200% do CDI

O fundo de investimento em participações AZIN11 se destacou no último mês ao distribuir R$ 1,30 por cota, reforçando seu posto como um dos fundos com maior retorno da B3. Com uma rentabilidade acumulada de quase 200% do CDI desde o início, alocação agressiva e carteira focada em infraestrutura, o AZIN11 vem atraindo os olhos de investidores em busca de renda passiva robusta e prêmios acima da média.

Rendimento acima da média e perspectiva de manutenção

O AZIN11 já vinha distribuindo R$ 1,25 por cota, mas subiu o valor para R$ 1,30 nos últimos meses. Essa elevação ocorreu após dois pré-pagamentos de operações da carteira, o que melhorou o fluxo de caixa do fundo e animou os cotistas.

Nos últimos 12 meses, o dividendo médio foi de R$ 1,42 por cota, com pico histórico de R$ 1,45 em alguns períodos. Esse desempenho é ainda mais notável considerando que o fundo não tem a obrigação legal de distribuir 95% dos lucros, ao contrário dos FIIs (fundos imobiliários).

Com a Selic ainda elevada e novas alocações em curso, há expectativa de manutenção ou até aumento das distribuições nos próximos meses.

Cota abaixo do valor patrimonial: oportunidade ou risco?

Atualmente, o AZIN11 negocia a R$ 92,50, com deságio de cerca de 7% em relação ao seu valor patrimonial de R$ 98,97. Isso indica que o fundo está sendo negociado abaixo do que realmente vale, o que pode representar uma oportunidade para novos investidores.

Apesar da recuperação recente na cotação, a liquidez ainda é considerada baixa em comparação com fundos imobiliários tradicionais, com média de R$ 636 mil negociados por dia — algo normal para um produto novo e de nicho, como os FIPs.

Carteira altamente alocada e com potencial tático

O fundo apresenta atualmente 90% de alocação, com apenas 10% em caixa, o que revela uma gestão ativa e agressiva. Esse caixa restante deverá ser utilizado em operações táticas, com o objetivo de otimizar ainda mais a performance da carteira.

Além disso, o fundo concentra seus investimentos em debêntures incentivadas, a maior parte delas atreladas ao CDI, com spreads muito atrativos. Destacam-se operações com taxas como CDI + 8% e NTN-B + 6%, o que eleva o retorno total esperado da carteira para algo entre 155% e 158% do CDI — ou seja, CDI + 6,4 a 6,7% de prêmio.

Segmentação do portfólio: foco em geração de energia e infraestrutura

A carteira do AZIN11 é altamente concentrada no setor de energia, com quase 90% dos ativos alocados em geração solar. Outros segmentos incluem:

  • Energia biogás

  • Infraestrutura de torres

  • Aeroportos

  • Autogeração elétrica

Esse foco reflete o objetivo do fundo: financiar projetos de infraestrutura com retorno elevado, mas com um risco proporcional, por envolver empresas em estágios menos consolidados.

Rentabilidade acumulada e comparação com pares

Desde o início, o AZIN11 acumula uma rentabilidade de 196% do CDI, o que o posiciona muito acima de outros FIPs e também de vários FIIs. A média da taxa da carteira gira em torno de CDI + 5%, mas com várias operações que superam esse valor.

Na comparação com outros FIPs semelhantes, o AZIN11 aparece entre os maiores Hs (indicador de risco e retorno) e com spreads mais elevados, o que justifica sua atratividade mesmo em um cenário de juros elevados.

Pontos positivos do AZIN11

  • Dividendos consistentes e elevados: histórico recente mostra estabilidade nas distribuições, com valores superiores a R$ 1,25 por cota.

  • Carteira agressiva e bem alocada: apenas 10% em caixa, com operações táticas em andamento.

  • Deságio atrativo: cota com 7% abaixo do valor patrimonial, o que pode sinalizar uma janela de entrada.

  • Alta rentabilidade: 196% do CDI acumulado e expectativa de manter spreads acima da média.

  • Exposição a setores estratégicos: principalmente geração de energia renovável e infraestrutura.

Pontos de atenção para o investidor

  • Liquidez reduzida: por ser um fundo novo e com menos cotistas que os FIIs, a negociação diária ainda é limitada.

  • Maior risco em relação a FIIs: como FIP, o fundo investe diretamente em empresas e debêntures, com risco superior, mas também com potencial de retorno elevado.

  • Concentração setorial: o foco em energia solar e infraestrutura, embora estratégico, pode representar um risco em momentos de instabilidade regulatória ou de mercado.

Para quem busca alta renda mensal e está disposto a lidar com um perfil de risco mais elevado, o AZIN11 pode ser uma excelente alternativa aos fundos imobiliários tradicionais. Seus dividendos robustos, aliados ao deságio da cota e rentabilidade consistente, fazem dele um destaque entre os FIPs do mercado.

No entanto, o investidor deve considerar o perfil do fundo: menor liquidez, maior risco de crédito e concentração setorial. É recomendável analisar se esses pontos estão alinhados com sua estratégia de carteira e tolerância ao risco.

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