PLCA11: O Fiagro pouco conhecido que uma alta diversificação e risco controlado

O fundo PLCA11 pode até não ser um dos queridinhos do mercado, mas merece atenção. Classificado como um Fiagro com perfil High Grade a Middle Risk , ele se destaca pela ampla diversificação em seus ativos e pela gestão estratégica de caixa, mesmo com um patrimônio relativamente pequeno — cerca de R$ 52 milhões.

Apesar de operar longe dos holofotes, o fundo reúne características atrativas para quem busca exposição ao setor agroindustrial com uma camada extra de segurança.

Alta diversificação com patrimônio modesto

Com 30 CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) distribuídos entre diversos emissores e segmentos, o PLCA11 mantém R$ 38 milhões alocados , sendo que nenhum ativo representa mais que 4% da carteira . Esse nível de concentração reduz o risco de concentração e dá ao investidor maior segurança frente a eventuais inadimplências.

Além disso, o fundo mantém 24% em caixa , o que representa uma reserva específica para novas alocações estratégicas.

Rendimento consistente e estratégia de alocação

A taxa média da carteira gira em torno de CDI + 2,91% , abaixo dos Fiagros mais arrojados que chegam a CDI +4% ou mais. Porém, essa taxa reflete o perfil do fundo, que prioriza operações mais seguras , mesmo abrindo mão de parte da rentabilidade.

Além disso, o fundo movimentações pontuais no mercado secundário, com ganhos de capital registrados em cerca de R$ 26 mil no último mês , reforçando uma estratégia ativa de gestão.

Caixa em alta e novas oportunidades no radar

Com uma reserva líquida de 24% , o fundo já estuda dois novos ativos para integrar o portfólio. As operações em análise oferecem taxas de CDI + 3% e CDI + 4% , o que pode contribuir para os rendimentos futuros, caso sejam concretizados.

Operações com risco maior em alerta

Nem tudo são flores. O relatório mais recente destacou a exposição a duas operações que desativam a atenção: Pesa Aís e Fiagril .

  • Pesa Aís: Já apresentou problemas em outros fundos, com discussão sobre recuperação judicial . Apesar do pagamento ainda estar regular, uma assembleia para resolver pendências foi agendada, mas não ocorreu por falta de quórum .

  • Fiagril: Apesar da taxa atrativa ( CDI +5% ), carrega histórico de dificuldades financeiras , o que aumenta o risco de inadimplência.

Essas operações representam cerca de 3,5% da carteira e estão sob monitoramento constante por parte da gestão.

Entendendo o perfil de risco

A maioria das operações do PLCA11 é especializada em ativos High Grade ou Middle Risk , o que justifica a taxa média mais conservadora. Algumas posições como “High Yield” (mais arriscadas) trazem retornos maiores, mas também exigem atenção redobrada.

O fundo conta com garantias variadas:

  • Muitas operações possuem alienação fiduciária , proporcionando segurança extra em caso de inadimplência.

  • Outros contam apenas com aval , o que reduz a proteção em caso de problemas com o desenvolvedor.

Setores e segmentos: Agro e mais

O principal segmento em que o PLCA11 atua é o de sucroenergia , que representa 15% da carteira . Porém, o fundo mantém uma distribuição equilibrada em outros setores do agronegócio, evitando a exposição de técnicas.

Além disso, o fundo monitora o LTV (Loan-to-Value) , com boa parte das operações mantendo níveis abaixo de 40% , o que indica boa margem de segurança para os créditos concedidos.

Liquidez e perfil do cotista

O fundo ainda tem liquidez diária baixa , girando em torno de R$ 72 mil , e conta com pouco mais de 3.000 cotistas . Isso o posiciona como um fundo mais nichado, interessante para investidores com foco em carteiras diversificadas e bem estruturadas , mesmo que com liquidez limitada.

O PLCA11 entrega o que promete: diversificação acima da média , gestão ativa e uma carteira bem pulverizada. Para quem busca um fundo agro com perfil mais conservador e operações bem distribuídas, ele pode ser uma excelente adição à carteira.

Contudo, é preciso atenção às operações com riscos pontuais — como os casos da Pesa e da Fiagril — que, embora representem uma fração pequena da carteira, podem impactar os resultados caso evoluam para inadimplência.

Com uma boa gestão de caixa, pipeline ativo e uma carteira majoritariamente segura, o PLCA11 mostra que, mesmo com tamanho reduzido, pode entregar valor para quem sabe onde está pisando.

 

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