Ações baratas para 2025: especialistas destacam CMIG4, FIQE3, SAPR4, ISAE4 e EGIE3 como oportunidades de longo prazo

Especialistas em investimentos de longo prazo voltados ao acúmulo patrimonial previdenciário apontam cinco ações baratas que merecem atenção em 2025. Empresas como Cemig (CMIG4), Unifique (FIQE3), Sanepar (SAPR4), Isa Cteep (ISAE4) e Engie (EGIE3) foram analisadas sob o ponto de vista do valuation, retorno sobre patrimônio líquido (ROE), potencial de dividendos e estratégias de crescimento.

Com um mercado que cada vez mais valoriza ativos descontados com fundamentos sólidos, essas ações se destacam por oferecer tanto rentabilidade quanto segurança — especialmente para quem busca construir uma carteira de longo prazo com fluxo de renda crescente.

Cemig (CMIG4): dividendos em risco com aumento da dívida?

A Cemig anunciou um ciclo robusto de investimentos para os próximos cinco anos, com previsão de R$ 39 bilhões até 2029. A maior parte desse capital será direcionada ao segmento de distribuição de energia, o que tende a elevar significativamente o nível de endividamento da companhia.

  • Dívida líquida/EBITDA atual: 1,3x – ainda considerada saudável

  • Custo real da dívida: 6,7% ao ano (abaixo da Selic)

  • Impacto esperado: possível leve retração nos lucros e nos dividendos no curto prazo

Apesar disso, o cronograma de vencimento da dívida está bem distribuído no tempo, com grande parte pós-2030, e o custo de capital ainda é atrativo. A Cemig também tem histórico de bonificações, como as de 30% ocorridas em 2022 e 2024, o que aumenta o número de ações em carteira e, consequentemente, o impacto dos dividendos reinvestidos no longo prazo.

FIQE3 (Unifique): crescimento acelerado e ROE surpreendente

A Unifique, operadora de telecomunicações em expansão, chamou a atenção por seus indicadores sólidos:

  • ROE (2024): aproximadamente 30%

  • P/L: 4,8x

  • EV/EBITDA: 2,95x

  • Lucro líquido anualizado: R$ 367 milhões

A empresa vem apresentando crescimento consistente de receitas, EBITDA e lucro líquido nos últimos cinco anos, tornando-se um case de assimetria: forte rentabilidade com múltiplos ainda baixos. Para investidores focados em crescimento e valor, a Unifique é vista como uma joia ainda pouco reconhecida pelo mercado.

Sanepar (SAPR4): política de dividendos decepciona, mas há espaço para reviravolta

Apesar de operar com margens elevadas e bom histórico de crescimento, a Sanepar enfrenta críticas pela sua política de dividendos pouco atrativa:

  • Payout atual: apenas 31% do lucro líquido

  • Dividend Yield recente (para quem comprou barato): até 8,8%

Há expectativas no mercado de que uma eventual privatização ou mudança de gestão possa destravar valor e levar a um aumento no pagamento de proventos. Investidores que compraram ações entre R$ 3,50 e R$ 4,00 nos últimos anos hoje colhem dividendos expressivos sobre o custo médio, com perspectiva de valorização adicional.

ISAE4 (Isa Cteep): retorno total acima da média mesmo com ROE modesto

Embora a Isa Cteep (Transmissão Paulista) tenha historicamente um ROE inferior ao da concorrente Engie, entregou retorno total de 10.000% desde 2002, graças ao modelo de negócio resiliente e distribuição consistente de dividendos.

Isso mostra que, mesmo empresas com rentabilidade modesta, quando bem precificadas e com estabilidade de resultados, podem ser excelentes para compor uma carteira previdenciária de longo prazo.

EGIE3 (Engie): qualidade elevada, mas preço embute essa eficiência

A Engie Brasil Energia apresenta um dos maiores ROEs do setor (acima de 34%), mas isso já é refletido no preço:

  • P/VP: 2,6x (ainda abaixo da média histórica de 3,7x)

Para quem prioriza qualidade, a Engie segue como uma escolha sólida. No entanto, o mercado já reconhece sua eficiência, o que exige atenção ao valuation no momento da compra.

Roy elevado ou ações descontadas? O equilíbrio ideal

O vídeo destaca que o segredo está no equilíbrio entre ROE alto e preço atrativo. Comprar ações de empresas com retornos consistentes, mas que estão negociadas a múltiplos baixos, aumenta o “yield on cost” ao longo do tempo — acelerando a formação de renda passiva.

Casos como o da Isa Cteep mostram que um valuation justo pode ser mais determinante que um ROE momentaneamente elevado, principalmente quando se trata de retornos totais de longo prazo.

Tesouro IPCA x Ações de Dividendos: qual a melhor para o longo prazo?

O vídeo ainda compara o investimento em Tesouro IPCA+ (atualmente com juro real de 7,7%) com ações de dividendos. A conclusão? Para quem busca renda passiva crescente e liberdade financeira no futuro, ações boas e descontadas têm mais potencial de multiplicação de patrimônio, principalmente com reinvestimento de proventos e bonificações.

O estudo apresentado reforça que ações baratas com fundamentos sólidos continuam sendo oportunidades valiosas para quem investe com foco em décadas. Cemig, Unifique, Sanepar, Isa Cteep e Engie oferecem perfis distintos, mas todos com potencial de gerar renda passiva e valorização a longo prazo.

Antes de investir, o investidor deve alinhar o valuation com os fundamentos e com seu próprio perfil de risco. Mais importante: paciência e visão de longo prazo continuam sendo os maiores aliados da liberdade financeira.

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