RURA11 volta a brilhar: é hora de aproveitar dividendos crescentes em 2025?

O Fiagro RURA11 tem chamado a atenção no mercado financeiro em 2025 devido à recuperação significativa nos seus dividendos. Após enfrentar um período desafiador em razão da recuperação judicial de alguns dos seus devedores, o fundo agora retorna a níveis de rendimento atrativos para seus mais de 85 mil cotistas, despertando novamente o interesse dos investidores.

Rentabilidade em destaque

Em fevereiro de 2025, o RURA11 pagou rendimentos de R$ 0,085 por cota, resultando em um Dividend Yield impressionante de 14,4% em relação à cotação de mercado. Este rendimento atrativo ocorre em um contexto onde o fundo apresenta um valor patrimonial por cota (VP) de R$ 1,016, mas atualmente é negociado com um desconto expressivo de 23%, cerca de R$ 0,77 por cota.

Essa situação indica que, além dos dividendos crescentes, o investidor pode adquirir cotas com um preço bastante atrativo frente ao valor justo apontado pelo mercado.

Estratégia de diversificação robusta

O relatório gerencial recente divulgado pela gestão do RURA11 destacou que, atualmente, 101% do patrimônio líquido do fundo está investido em crédito agro, distribuído entre 63 devedores espalhados por diversas regiões e culturas agrícolas no Brasil.

Essa ampla diversificação protege o fundo de impactos significativos causados por eventuais dificuldades financeiras individuais dos devedores. O relatório ressaltou que, apesar de alguns problemas pontuais, como as recuperações judiciais de Pedro Merola e Copagri, que representam apenas 0,7% do patrimônio líquido cada, a gestão mantém uma postura ativa para minimizar riscos e garantir a saúde financeira do fundo.

Investimentos recentes fortalecem carteira

Entre as novas aquisições realizadas pelo fundo no mês passado estão dois Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA): um da Cooperativa Integrada, com forte atuação em São Paulo e Paraná há mais de 30 anos, e outro da Impacto Bioenergia, uma usina produtora de açúcar e etanol em Alagoas.

Além disso, o fundo realizou um investimento estratégico em cotas de outro Fiagro especializado em terras agrícolas, com a aquisição, em parceria, de uma fazenda produtiva no Mato Grosso. Essa operação busca ganho de capital significativo a partir da venda futura do ativo, adquirido com desconto.

Saúde financeira consistente

Financeiramente, o RURA11 demonstrou resiliência ao gerar receita total de R$ 17,4 milhões em fevereiro, com despesas totais próximas de R$ 2 milhões, incluindo provisões para devedores duvidosos. O resultado contábil positivo de R$ 15,4 milhões permitiu distribuir aos cotistas R$ 0,085 por cota, ainda deixando margem para futuras distribuições mais robustas.

Segundo o relatório gerencial, essa tendência positiva nos resultados financeiros deve permitir o aumento gradual dos dividendos pagos aos investidores nos próximos meses.

Exposição regional e setorial diversificada

A diversificação também é destaque na exposição geográfica dos investimentos do fundo. As regiões de Mato Grosso (27%) e Minas Gerais (11%) lideram em participação, mas o fundo está distribuído de forma equilibrada por várias outras regiões do país. Além disso, a exposição setorial inclui diversas culturas agrícolas, tornando o RURA11 um dos Fiagros mais diversificados disponíveis no mercado atualmente.

Em termos de garantias, o fundo também possui um portfólio diversificado que inclui terras agrícolas, ativos financeiros e outras garantias sólidas, oferecendo segurança adicional aos cotistas.

Desafios e oportunidades

Apesar da recuperação judicial de alguns devedores, que totalizam 7,8% do patrimônio líquido, a gestão reforça que todas as operações estão adequadamente garantidas, considerando o desconto atual das cotas exagerado. Este contexto sugere que o fundo pode representar uma oportunidade atraente para investidores que buscam bons dividendos aliados a uma possível valorização das cotas no médio prazo.

Outro fator relevante é o aumento esperado da taxa Selic, que pode alcançar alta adicional ainda este ano, favorecendo diretamente os resultados financeiros do fundo, dada sua exposição predominante em ativos indexados ao CDI. Porém, é importante notar que juros mais altos também aumentam o risco de inadimplência dos tomadores de crédito, demandando atenção redobrada na gestão das operações.

Com um cenário econômico favorável e estratégias inteligentes de diversificação e investimento, o RURA11 está posicionado para entregar resultados sólidos em 2025. Investidores devem acompanhar atentamente os relatórios mensais e decisões estratégicas da gestão, especialmente relacionados ao gerenciamento de risco e performance financeira das operações.

Para investidores que buscam renda passiva aliada à valorização patrimonial, o RURA11 se mostra como uma alternativa atrativa neste ano, oferecendo uma combinação rara de dividendos robustos e potencial de valorização significativa das cotas.

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