A taxa básica de juros do Brasil, a Selic, pode ser elevada para 14,25% após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (19). Se confirmada, essa será a maior taxa desde outubro de 2016, impactando diretamente o custo do crédito, financiamentos e a economia do país.
Expectativa do mercado: alta de um ponto percentual
A previsão do mercado é de que o Banco Central aumente a Selic em um ponto percentual, elevando-a dos atuais 13,25% para 14,25%. Essa decisão não surpreende os analistas financeiros, já que a autoridade monetária vinha sinalizando esse movimento desde a transição de gestão de Roberto Campos Neto para Gabriel Galípulo.
Historicamente, a última vez que a Selic esteve nesse patamar foi entre julho de 2015 e outubro de 2016, quando o Brasil atravessava um cenário de crise econômica e inflação elevada.
Por que os juros estão subindo?
A alta da Selic está atrelada a um conjunto de fatores, incluindo:
- Inflação persistente: apesar da desaceleração recente, os preços ainda estão pressionados.
- Incertezas internacionais: decisões do Federal Reserve (banco central dos EUA) sobre os juros também impactam a política monetária brasileira.
- Sinalização do Banco Central: a instituição já havia indicado que a elevação dos juros continuaria nos primeiros meses de 2025.
Impactos da alta da Selic na economia
Com juros mais altos, diversos setores da economia serão afetados:
- Crédito e financiamento: financiamentos imobiliários e empresariais ficarão mais caros, reduzindo o consumo e os investimentos.
- Inflação: em teoria, juros altos ajudam a conter a inflação ao desestimular o consumo e a expansão do crédito.
- Dívida pública: o custo da dívida do governo aumenta, impactando o equilíbrio fiscal do país.
O que esperar para os próximos meses?
O mercado agora volta atenção ao comunicado do Copom após a decisão. Analistas esperam que o Banco Central dê sinais sobre futuras movimentações. Se a Selic continuar subindo, poderemos ver um impacto ainda maior na economia, dificultando a retomada do crescimento em 2025.
Caso o Banco Central indique uma pausa ou redução no ritmo de alta dos juros, poderá haver uma reação positiva nos mercados e uma esperança de retomada mais rápida para setores dependentes do crédito.
A decisão desta quarta-feira será crucial para a economia brasileira. Se confirmada a alta da Selic para 14,25%, o Brasil verá os juros atingirem o maior patamar dos últimos oito anos, influenciando diretamente o dia a dia da população e das empresas.
O post Taxa Selic pode subir para 14,25% nesta quarta-feira e atingir maior patamar em 8 anos apareceu primeiro em O Petróleo.