O dólar comercial encerrou a terça-feira, 18 de março de 2025, cotado a R$ 5,672, registrando uma queda de 0,25% em relação ao dia anterior. Este é o menor valor de fechamento desde 24 de outubro de 2025. No acumulado de 2025, a moeda norte-americana já recuou 8,15%, com uma desvalorização de 3,06% nas últimas seis sessões consecutivas.
Fatores que influenciaram a queda do dólar
A recente trajetória de queda do dólar está associada a diversos fatores. Entre eles, destaca-se o fluxo positivo de entrada de recursos no país, impulsionado por investidores estrangeiros atraídos pelo diferencial de juros favorável no Brasil. Além disso, a expectativa em torno das decisões de política monetária, tanto do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil quanto do Federal Reserve dos Estados Unidos, contribuiu para o movimento cambial.
Projeto de isenção do Imposto de Renda é enviado ao Congresso
Paralelamente ao cenário cambial, o governo federal encaminhou ao Congresso Nacional um projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para rendimentos mensais de até R$ 5 mil. Atualmente, a isenção contempla rendas de até R$ 2.259,20. Se aprovado, o novo limite beneficiará cerca de 10 milhões de brasileiros, representando um avanço significativo na política tributária do país.
Detalhes da proposta de isenção
A proposta prevê que, além da isenção total para rendimentos de até R$ 5 mil, haverá descontos parciais para aqueles que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7 mil. Por exemplo, um contribuinte com renda mensal de R$ 5.500 terá um desconto de 75% no imposto devido, enquanto quem ganha R$ 6.000 terá um desconto de 50%. A medida visa reduzir a carga tributária sobre a classe média, aumentando o poder de compra e estimulando a economia.
Compensação fiscal e tributação de altas rendas
Para equilibrar a perda de arrecadação estimada em R$ 25 bilhões anuais devido à ampliação da isenção, o governo propôs a implementação de uma alíquota mínima de 10% sobre rendas superiores a R$ 600 mil por ano. Essa medida afetará aproximadamente 0,13% dos contribuintes, visando uma distribuição mais justa da carga tributária e a redução das desigualdades sociais.
Reações do mercado e perspectivas econômicas
A apresentação do projeto de isenção do IR foi recebida de forma positiva pelo mercado financeiro. A ausência de surpresas negativas no texto e a sinalização de responsabilidade fiscal contribuíram para o otimismo dos investidores. Além da queda do dólar, o índice Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, fechou em alta de 0,49%, atingindo 131.475 pontos, o maior nível desde 16 de outubro de 2025.
Próximos passos e tramitação no Congresso
O projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda começará sua tramitação pela Câmara dos Deputados. A expectativa do governo é que a nova faixa de isenção esteja em vigor para a declaração do IR de 2026. Para isso, o texto precisa ser aprovado e sancionado ainda neste ano. O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que o Congresso terá sensibilidade para avaliar o alcance social da proposta, não descartando possíveis alterações que visem aprimorar as medidas.
Impacto na sociedade e na economia
A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda representa um alívio significativo para milhões de brasileiros, especialmente aqueles da classe média, que poderão dispor de uma maior parcela de sua renda para consumo e investimentos. Essa medida tem o potencial de estimular a economia, aumentando a demanda por bens e serviços e contribuindo para o crescimento econômico. Além disso, a tributação de altas rendas busca promover uma maior equidade social, alinhando o sistema tributário brasileiro às práticas observadas em economias desenvolvidas.
A combinação da queda do dólar e a proposta de isenção do Imposto de Renda sinalizam um momento de ajustes e oportunidades para a economia brasileira. Enquanto a desvalorização da moeda norte-americana pode favorecer importações e reduzir.
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