IRDM11: fundo imobiliário enfrenta crise com perdas e reestruturação de ativos

O fundo imobiliário IRDM11, um dos mais comentados do setor, atravessa um momento delicado com forte desvalorização de sua carteira de fundos imobiliários (FIIs) e dificuldades na reestruturação de créditos. Nos últimos meses, os investidores têm observado uma queda expressiva no valor patrimonial e na distribuição de dividendos, levando a questionamentos sobre o futuro do fundo.

Distribuição de Dividendos e Reservas

A última distribuição do IRDM11 foi de R$ 0,80 por cota, com um resultado total de R$ 0,85 por cota, onde R$ 0,05 foram mantidos em reserva. Atualmente, a reserva acumulada do fundo gira em torno de R$ 0,53 por cota. No entanto, com a inflação de janeiro marcando 0,14%, há preocupação sobre a possibilidade de redução no valor dos próximos dividendos.

Liquidez e Movimentação no Mercado

Apesar da queda na cotação, o volume de negociação do IRDM11 continua elevado, movimentando cerca de R$ 55 milhões mensais. No entanto, a desvalorização dos ativos tem impactado negativamente o fundo, especialmente sua carteira de FIIs, que perdeu grande parte do valor de mercado.

Carteira de Fundos Imobiliários e Impacto na Desvalorização

A exposição do IRDM11 a fundos imobiliários já foi consideravelmente maior, mas, devido à desvalorização desses ativos, a posição caiu para 16% do portfólio total. Alguns dos fundos mais impactados incluem:

  • DEVA11: Custo médio de aquisição de R$ 101, atualmente bem abaixo desse patamar.
  • HCTR11: Custava R$ 120 na compra, mas hoje vale cerca de R$ 20.
  • VPPR11: Antigo XPPR11, que também registrou quedas expressivas.

Esses fundos, entre outros, contribuíram para a deterioração do valor patrimonial do IRDM11, prejudicando seus rendimentos e afastando investidores.

Operações em Recuperação e Renegociações

Outro fator crítico é a presença de ativos problemáticos no portfólio, alguns deles em processo de renegociação ou recuperação judicial. Atualmente, cerca de 3% do portfólio do fundo está comprometido com operações problemáticas, incluindo:

  • Al Vista: Em regime de execução.
  • BR Distribuidora: Em arbitragem para resolver pendências contratuais.
  • Starbucks: Operação em recuperação judicial.

Embora esses ativos representem uma pequena parte do portfólio total, eles aumentam a incerteza para os investidores.

Perspectivas e Estratégia da Gestora

Para contornar a crise, a gestão do IRDM11 tem focado na reciclagem da carteira e na aquisição de novos CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), com um volume recente de R$ 60 milhões investidos. O objetivo é buscar ativos com maior previsibilidade de fluxo de caixa e melhores garantias.

Contudo, a recente integralização de cotas do fundo HDOF, com um custo médio de R$ 102 por cota enquanto o preço de mercado já caiu para R$ 100, levantou questionamentos sobre a estratégia da gestora. No atual cenário de mercado, onde muitos ativos estão descontados, essa movimentação foi vista por alguns analistas como incoerente.

O IRDM11 atravessa uma fase crítica, marcada por desvalorização da carteira de FIIs e desafios na reestruturação de créditos. A estratégia da gestora será determinante para recuperar a confiança do mercado e manter a rentabilidade para os investidores.

Diante desse cenário, investidores devem acompanhar de perto as próximas movimentações do fundo para avaliar se sua estratégia de recuperação será eficaz a longo prazo.

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