Oi se aproxima do fim da recuperação judicial após venda da Oi TV e ClientCo

A Oi está prestes a concluir sua segunda recuperação judicial, após realizar uma série de ações estratégicas essenciais para reduzir seu endividamento e reestruturar operações. As recentes vendas das unidades Oi TV e ClientCo são passos significativos que podem levar a companhia à saída oficial da recuperação judicial já nos próximos meses, possivelmente até maio de 2025.

Vendas estratégicas e reorganização da companhia

No dia 28 de fevereiro de 2025, a Oi concluiu a venda da sua unidade produtiva isolada (UPI) de TV por assinatura para a Mileto, por um valor simbólico inicial de R$ 10 milhões, com possibilidade futura de recebimento adicional de até R$ 20 milhões. Embora o montante seja modesto em relação às dívidas da companhia, a transação elimina uma unidade que representava um significativo consumo de caixa, gerando prejuízos operacionais constantes.

Além disso, a empresa concretizou a alienação da ClientCo (antiga Oi Fibra), que passou a integrar a estrutura da V.tal, resultando em uma redução de cerca de R$ 700 milhões nas obrigações financeiras da Oi com a própria V.tal. Recentemente, a companhia também vendeu uma parte significativa do seu negócio de telefonia fixa para a empresa Datora Telecom, embora os valores dessa negociação ainda não tenham sido oficialmente divulgados.

Dívida da Oi e expectativas sobre a arbitragem

A dívida consolidada da Oi, estimada em aproximadamente R$ 25 a R$ 26 bilhões em setembro de 2024, deve ter reduzido significativamente após estas transações recentes. No entanto, ainda não há números oficiais atualizados. Uma das expectativas mais aguardadas pelos investidores é a decisão arbitral prevista para ocorrer entre os dias 20 e 25 de março deste ano.

A arbitragem poderá resultar no cancelamento ou significativa redução de uma dívida de aproximadamente R$ 8,5 bilhões que a Oi possui com a União. Caso favorável, isso permitirá ainda a liberação de cerca de R$ 1,7 bilhão em depósitos judiciais diretamente para o caixa da companhia, reforçando ainda mais sua liquidez.

Próximos passos e perspectivas futuras

Com o avanço dessas medidas estratégicas, analistas e investidores já projetam que o fim da recuperação judicial pode ocorrer entre abril e maio de 2025. Esse cenário otimista é resultado da rápida concretização das etapas previstas no plano judicial, demonstrando um comprometimento claro da Oi com sua recuperação financeira e operacional.

Outro ponto importante é a participação de 27,5% que a Oi ainda mantém na V.tal, um ativo valioso que pode ser utilizado futuramente para reduzir dívidas remanescentes ou fortalecer ainda mais sua estrutura financeira.

Monetização de ativos adicionais

Além dessas grandes transações, a Oi possui importantes ativos e recebíveis pendentes de monetização. Entre eles, destacam-se valores devidos por estados brasileiros, como aproximadamente R$ 500 milhões do Rio de Janeiro e cerca de R$ 400 milhões de Minas Gerais, relacionados a imóveis e serviços prestados. Essas fontes adicionais de receita poderão desempenhar papel importante na redução das dívidas restantes.

Os recentes acontecimentos indicam claramente que a recuperação judicial da Oi está em fase final de execução, com importantes vendas de ativos e decisões estratégicas concluídas. Para investidores e acionistas, o fim iminente da recuperação judicial representa um momento crucial, possivelmente marcando o início de uma nova fase de estabilidade e crescimento para a companhia no mercado brasileiro de telecomunicações.

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