Dólar cai forte com tarifas de Trump em foco e Real lidera ganhos globais

A quarta-feira foi marcada por uma forte queda do dólar frente ao real, com recuo de 2,72%, encerrando o dia cotado a R$ 5,75. O movimento foi impulsionado pelo adiamento, por um mês, das tarifas sobre carros importados do México e Canadá, conforme anunciado pelo ex-presidente Donald Trump. A medida animou os investidores e levou o Real a ser a moeda com melhor desempenho global no pregão.

Impacto da decisão de Trump no mercado

O mercado reagiu positivamente à decisão de Trump de postergar as tarifas automotivas, o que aliviou tensões comerciais entre os países. Segundo a Casa Branca, o ex-presidente informou ter conversado com três grandes concessionárias e, a partir disso, decidiu conceder uma isenção temporária. No entanto, ele ressaltou que as empresas deveriam investir e transferir sua produção para os Estados Unidos, onde estariam livres de taxas.

Apesar do adiamento, as tarifas recíprocas prometidas por Trump seguem no radar e devem ser anunciadas em 2 de abril, conforme comunicado da Casa Branca. A medida pode impactar diversos setores da economia global, caso entre em vigor sem flexibilizações.

Real em destaque e Ibovespa sob pressão

Com a queda do dólar, o Real se destacou como a moeda de melhor desempenho do mundo no dia. A valorizção ocorre em um contexto de forte volatilidade no mercado cambial, impulsionado por fatores externos.

Por outro lado, a Bolsa de Valores brasileira (Ibovespa) enfrentou um dia de pressão, refletindo preocupações com as tarifas de Trump e uma forte queda nos preços do petróleo. As ações da Petrobras foram impactadas pela desvalorização do Brent, que atingiu o menor patamar dos últimos três anos, ficando abaixo de US$ 90 o barril. Essa combinação de fatores contribuiu para um pregão instável na B3.

Cenário econômico e projeções

No Brasil, o Boletim Focus divulgado nesta semana apontou estabilidade na expectativa de inflação para 2024, após 19 semanas consecutivas de revisão para cima. A previsão de crescimento do PIB também segue sem alteração, demonstrando uma visão cautelosa dos analistas sobre o futuro econômico do país.

A movimentação do dólar e as decisões políticas dos EUA seguem no radar dos investidores, que acompanham de perto o desenrolar das tarifas de Trump e seu impacto nas relações comerciais globais.

O adiamento das tarifas sobre carros do México e Canadá trouxe um alívio momentâneo para o mercado, impulsionando o Real e levando o dólar a uma das maiores quedas recentes. No entanto, o futuro da política comercial de Trump ainda é incerto, e os investidores seguem atentos aos próximos desdobramentos. Enquanto isso, o Ibovespa segue pressionado por questões externas, como a volatilidade do petróleo e a possibilidade de retaliação comercial por parte de outros países.

Com os próximos capítulos dessa disputa comercial se desenhando, os mercados devem continuar reagindo a cada nova decisão, trazendo mais volatilidade ao cenário financeiro global.

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