IPCA-15 sobe 1,23% em fevereiro; educação e energia puxam alta

O índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, subiu 1,23% em fevereiro, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado marca uma aceleração em relação ao mês anterior, embora tenha vindo abaixo das projeções de mercado.

A alta foi impulsionada principalmente pelo setor de educação, que registrou um aumento expressivo devido ao reajuste das mensalidades escolares, um movimento sazonal típico no início do ano letivo. Outro fator determinante foi a energia elétrica, que sofreu impacto com o fim do bônus de Itaipu, elevando o custo das contas de luz para os consumidores.

Inflação de alimentos desacelera, mas preocupa

O setor de alimentação também continuou pressionando a inflação, embora em menor intensidade. Em janeiro, os preços dos alimentos haviam subido mais de 1%, enquanto em fevereiro a alta foi de 0,60%. Isso não significa uma redução nos preços, mas sim um ritmo mais lento de aumento.

Cenário econômico e impactos políticos

A inflação elevada gera preocupação dentro do governo, especialmente porque pode impactar a popularidade do presidente. O aumento de preços, especialmente em setores essenciais como educação e energia, tende a afetar diretamente o orçamento das famílias, reduzindo o poder de compra da população.

A situação econômica também é agravada pelo cenário fiscal delicado. O governo ainda não apresentou uma estratégia clara para equilibrar as contas públicas sem recorrer ao aumento de impostos. A incerteza sobre o cumprimento das metas fiscais adiciona um fator de risco ao mercado financeiro e pode impactar a condução da política monetária pelo Banco Central.

Possíveis medidas e perspectivas

Se a inflação continuar em um patamar elevado, o governo pode ser forçado a adotar medidas de contenção de gastos, contrariando promessas de aumento do investimento. Por outro lado, a pressão sobre o Banco Central para reduzir a taxa Selic continua intensa, o que pode gerar desafios para o controle da inflação no longo prazo.

A tendência para os próximos meses dependerá do comportamento dos preços dos serviços e da capacidade do governo de gerenciar os desafios fiscais sem comprometer o crescimento econômico. O próximo levantamento do IBGE, referente ao IPCA de março, será essencial para entender a direção da inflação no Brasil.

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