O Ibovespa começou a semana registrando queda de 1,32%, fechando a segunda-feira (24) aos 125.446 pontos. O principal índice da B3 foi impactado pela forte desvalorização das ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR4), enquanto Azul (AZUL4) liderou as altas do dia, com uma valorização de 5%.
Cenário geral do mercado
O início da sessão foi marcado por oscilação, com os investidores analisando os impactos do Boletim Focus e aguardando novos desdobramentos econômicos. No entanto, ao longo do dia, o pessimismo dominou o pregão, especialmente com o aumento da pressão sobre o arcabouço fiscal, após declarações do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do Presidente Lula.
Vale e Petrobras puxam o Ibovespa para baixo
A Vale (VALE3) liderou as quedas do dia, com um recuo significativo após a empresa revisar suas previsões financeiras para 2025. A mineração segue sendo impactada pela queda no preço do minério de ferro e pela instabilidade econômica da China, um de seus principais mercados consumidores.
Já a Petrobras (PETR4) também registrou forte desvalorização. A estatal sofre com as incertezas quanto à sua estratégia de investimentos e o receio do mercado sobre intervenção governamental em sua política de preços.
Azul dispara e se torna destaque positivo do pregão
Contrariando a tendência do mercado, Azul (AZUL4) registrou alta de 5%. O resultado foi impulsionado pelo bom desempenho operacional da companhia aérea, que reportou crescimento na taxa de ocupação de suas aeronaves, atingindo 80%. Além disso, a empresa demonstrou uma melhora na sua gestão de custos e na rentabilidade, apesar dos desafios do setor.
Dólar sobe e juros futuros disparam
O dólar fechou em alta de 0,63%, cotado a R$5,70, refletindo o aumento da aversão ao risco por parte dos investidores estrangeiros. A alta da moeda americana foi impulsionada pela declaração do presidente Lula sobre sua intenção de concorrer à reeleição em 2026, o que trouxe preocupação sobre a continuidade da política fiscal do governo.
Os juros futuros também reagiram negativamente, com a curva de juros abrindo ainda mais, o que pode indicar um ambiente mais desafiador para os investimentos nos próximos meses.
Perspectivas para o mercado
Os investidores seguem cautelosos, aguardando novos sinais do governo sobre a condução da política fiscal e monetária. Além disso, a expectativa é de que os mercados globais continuem influenciando o comportamento da Bolsa brasileira, especialmente diante de eventuais mudanças na economia dos Estados Unidos e da China.
Para a semana, a atenção dos investidores estará voltada para os impactos das recentes declarações governamentais e para a movimentação do dólar, que pode seguir pressionado.
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