A recente queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acendeu um alerta no mercado financeiro. A pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada na última sexta-feira , mostrou um aumento significativo na insatisfação popular com o governo, o que, segundo analistas, pode levar a uma estratégia comum em momentos de baixa aprovação: o aumento de gastos públicos para tentar recuperar apoio.
Mercado Reage à Queda de Popularidade
Na sexta-feira, a reação inicial do mercado financeiro foi positiva. Com a possibilidade de Lula perder força política para uma futura reeleição, investidores passaram a ver maior chance de um governo mais reformista e fiscalmente responsável em 2026. A Bolsa de Valores subiu 3% em poucos minutos, e o dólar operou abaixo de R$ 5,70.
No entanto, ao longo do final de semana, economistas começaram a revisar essa perspectiva e relembraram um padrão recorrente na política brasileira: presidentes com baixa aprovação tendem a ampliar os gastos públicos para recuperar popularidade. Esse movimento já foi observado em gestões anteriores, como as de Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro.
Histórico de Gastos e Popularidade
Dados históricos mostram que sempre que a rejeição de um governo aumenta, os gastos públicos tendem a crescer. Isso foi evidente no final do governo Dilma Rousseff, quando a crise econômica se aprofundou à medida que o déficit fiscal se ampliava. O mesmo ocorreu nos últimos anos da gestão Bolsonaro, quando a popularidade caiu e o governo expandiu programas sociais e subsídios para tentar reverter a tendência negativa.
Especialistas apontam que esse ciclo pode se repetir agora. O Ministério da Fazenda já deu sinais de que pretende evitar um aumento descontrolado dos gastos, mas, segundo fontes internas, o governo pode ser pressionado a liberar mais recursos para programas sociais, subsídios e investimentos, visando uma melhora na percepção popular.
Equipe Econômica em Alerta
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem reforçado o compromisso com a responsabilidade fiscal, mas enfrenta desafios internos. No governo, há setores que defendem a necessidade de mais investimentos para impulsionar o crescimento e reduzir a insatisfação popular. Para conter esse movimento, Haddad pode precisar adotar medidas como bloqueios de despesas e cortes orçamentários.
Impactos na Economia
Se confirmada a tendência de aumento de gastos, o Brasil pode enfrentar novos desafios econômicos, incluindo:
- Inflação maior devido ao aumento da circulação de dinheiro na economia;
- Alta nos juros, à medida que o Banco Central busca conter a inflação;
- Deterioração da confiança do investidor, levando a uma possível desvalorização da moeda e queda na bolsa de valores;
- Risco fiscal, com crescimento da dívida pública e maior pressão sobre as contas do governo.
Por enquanto, o governo ainda não oficializou nenhuma medida de expansão fiscal, mas o mercado segue atento. A popularidade de Lula e as decisões econômicas dos próximos meses podem definir o rumo da economia brasileira em 2025 e além.
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