
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a mencionar o Brasil na segunda-feira (27), ao acusar o país de adotar tarifas elevadas contra produtos americanos. Em discurso na Flórida, o republicano defendeu ampliar tarifas de importação sobre países estrangeiros como forma de proteger a indústria e os trabalhadores americanos.
“A China é um grande criador de tarifas. Índia, Brasil, tantos, tantos países. Coloque tarifas em países e pessoas estrangeiras que realmente nos querem mal”, declarou Trump, destacando que sua política é colocar os Estados Unidos em primeiro lugar.
A estratégia de tarifas sobre importações foi um dos pilares da campanha presidencial de Trump e volta a ganhar destaque em seu segundo mandato, como parte de uma agenda protecionista para fortalecer o mercado interno dos EUA.
O Brasil não foi citado pela primeira vez em declarações do republicano. Em novembro de 2024, logo após sua eleição, Trump usou o país como exemplo de nação que adota tarifas elevadas sobre exportações americanas. À época, ele afirmou que os EUA deveriam adotar um tratamento “recíproco”.
“Se eles querem nos cobrar, tudo bem, mas vamos cobrar a mesma coisa”, disse Trump durante uma entrevista coletiva em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida.

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Promessas de novas tarifas
Além de críticas ao Brasil e à Colômbia, Trump reiterou que pretende aumentar tarifas sobre produtos chineses como forma de pressionar Pequim em temas como a exportação de fentanil, droga que estaria sendo enviada da China para o México e o Canadá.
Na semana passada, Trump indicou a possibilidade de uma tarifa de 10% sobre produtos chineses já no início de fevereiro. Ele também reforçou críticas à União Europeia, sinalizando que tarifas adicionais contra o bloco estão sendo avaliadas.
Embora Trump ainda não tenha implementado de forma ampla as tarifas prometidas, suas declarações geraram impacto no mercado global, com reflexos no câmbio e nas expectativas sobre o comércio internacional.
Trump tem utilizado as tarifas como parte de uma estratégia maior para reforçar a economia interna dos EUA. A proposta é elevar a competitividade de produtos americanos e aumentar a arrecadação tributária a partir de importações.
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