Investir em renda fixa parece simples: você empresta dinheiro para uma instituição e recebe juros em troca. Mas por trás dessa aparência segura, muitos iniciantes caem em armadilhas que comprometem seus ganhos — ou pior, geram prejuízo. Veja agora os 7 erros mais comuns em renda fixa e como evitá-los.
1. Apostar na poupança achando que é um bom investimento
Apesar de ser popular entre os brasileiros, a poupança é um dos investimentos com menor rentabilidade do mercado. Atualmente, seu rendimento gira em torno de 7% ao ano, abaixo da inflação em muitos períodos — ou seja, o poder de compra do seu dinheiro diminui com o tempo.
Além disso, embora muitos acreditem que ela seja a aplicação mais segura, a poupança possui o mesmo nível de proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) que CDBs, LCIs e LCAs. Em outras palavras: há opções tão seguras quanto, porém muito mais rentáveis.
2. Confiar cegamente nas indicações do gerente do banco
Outro erro comum é investir no CDB recomendado pelo gerente, sem entender os detalhes. Alguns produtos indicados por bancos chegam a render menos do que a poupança, principalmente quando descontamos o Imposto de Renda (IR). Em alguns casos, o dinheiro ainda fica preso por anos, com penalidades em caso de resgate antecipado.
Dica: Sempre compare os rendimentos líquidos (já com o IR descontado) antes de aceitar qualquer sugestão.
3. Acreditar que renda fixa não tem risco
Embora menos volátil que a renda variável, a renda fixa também oferece riscos:
Risco de crédito
Você está emprestando dinheiro para um banco, empresa ou o governo. Se o emissor quebrar, você pode não receber o valor investido — a não ser que tenha cobertura do FGC (até R$ 250 mil por instituição).
Risco de liquidez
Alguns investimentos têm liquidez apenas no vencimento. Se precisar do dinheiro antes, poderá vendê-lo com deságio, perdendo parte dos ganhos.
Risco de mercado
No caso de títulos como o Tesouro Prefixado, se os juros do mercado aumentarem, o valor do seu título no mercado secundário pode cair.
4. Não entender os tipos de rentabilidade
Investimentos em renda fixa podem ser:
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Pós-fixados (CDI ou Selic): acompanham a taxa de juros do mercado. Ex: Tesouro Selic.
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Prefixados: você sabe exatamente quanto vai receber ao ano.
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Atrelados à inflação (IPCA + juros): protegem o poder de compra do seu dinheiro.
Comparar esses modelos exige entender o cenário econômico e projetar cenários futuros.
5. Ignorar a rentabilidade real (descontando a inflação)
Ganhar 7% ao ano parece bom — até descobrir que a inflação no mesmo período foi de 10%. Isso significa uma rentabilidade real negativa de -3%.
Rentabilidade real é o que sobra após descontar a inflação. Por isso, muitos preferem o Tesouro IPCA+, que garante ganhos acima da inflação.
6. Desconsiderar o impacto do Imposto de Renda
Muitos CDBs e títulos do Tesouro Direto têm incidência de IR, o que reduz a rentabilidade líquida. Em contrapartida, produtos como LCI, LCA e poupança são isentos de IR.
Comparação simples: Um LCA que rende 85% do CDI pode ser mais vantajoso do que um CDB que rende 100% do CDI, justamente por ser isento de imposto.
7. Investir em fundos de renda fixa sem avaliar as taxas
Fundos de renda fixa podem parecer uma boa alternativa, mas a maioria perde para a Selic por conta das taxas de administração. Além disso, muitos exigem análise de diversos critérios (rentabilidade histórica, gestor, liquidez), o que torna tudo mais complexo para quem está começando.
Solução: Aprenda o básico sobre renda fixa e invista por conta própria. É mais simples do que parece — e mais lucrativo.
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