O atual cenário econômico brasileiro apresenta taxas de juros elevadas, tornando os investimentos em renda fixa extremamente atrativos. Mesmo assim, há bons motivos para continuar comprando ações, especialmente para investidores com uma visão de longo prazo. Neste artigo elaborado pelo site O PETRÓLEO, exploramos cinco razões estratégicas para manter sua exposição ao mercado acionário, analisando dados históricos e perspectivas futuras.
1. Vantagens Fiscais: Como o Imposto de Renda Impacta a Renda Fixa
Os investimentos em renda fixa oferecem segurança e retornos previsíveis, mas carregam um impacto fiscal significativo. Sempre que ocorre um resgate, o investidor paga Imposto de Renda sobre os rendimentos. Esse efeito acumulado pode reduzir consideravelmente os ganhos ao longo do tempo.
Por outro lado, a renda variável permite estratégias para minimizar o impacto fiscal. Investidores podem vender ações com isenção de IR em vendas abaixo de R$ 20.000 por mês ou manter posições por mais tempo, utilizando os dividendos como fluxo de renda sem necessidade de liquidação da posição.
2. A Renda Fixa Não Será Sempre Atrativa
Embora os juros altos de hoje tornem a renda fixa tentadora, essa taxa não é permanente. O histórico econômico mostra que ciclos de alta são seguidos por períodos de queda dos juros, o que faz com que os retornos da renda fixa diminuam.
Investir em ações quando os juros estão altos é uma estratégia utilizada por investidores experientes para comprar ativos descontados, pois muitas empresas veem suas cotações pressionadas nesses momentos. Quando os juros caem, as ações tendem a se valorizar significativamente.
3. A Importância de Permanecer Investido Para Capturar Grandes Oportunidades
Dados históricos demonstram que o mercado acionário tem momentos específicos de grande valorização, geralmente após crises ou períodos de forte pessimismo. Um estudo da Economática revelou que um investidor que perdeu os 10 melhores dias do mercado entre 2000 e 2024 teve seu retorno reduzido em 50%.
Como é impossível prever quando ocorrerão os melhores momentos de valorização, o ideal é permanecer investido e construir uma carteira equilibrada de ativos para capturar esses ganhos.
4. Ações Superam a Renda Fixa No Longo Prazo
Quando analisamos retornos de investimentos a longo prazo, a renda variável se destaca. Entre 2002 e 2025, algumas empresas do setor financeiro e de saneamento apresentaram retornos expressivos:
- Itaú Unibanco (ITSA4): 3.300%
- Sanepar (SAPR4): 3.600%
- Banco do Brasil (BBAS3): 5.000%
- Ferbasa (FESA4): 10.300%
Enquanto isso, o CDI (referência da renda fixa) entregou cerca de 1.000% no mesmo período. Esses números demonstram que, apesar das oscilações, a renda variável tende a oferecer retornos significativamente superiores ao longo do tempo.
5. Empresas Estão Com Valuation Atraente
Durante períodos de juros altos, muitas ações são negociadas abaixo de seu valor intrínseco, representando boas oportunidades para investidores que pensam no longo prazo.
Hoje, algumas das principais empresas brasileiras estão oferecendo altos earnings yields (rendimento dos lucros sobre o preço da ação):
- Itaú Unibanco (ITSA4): 14,6%
- Transmissão Paulista (TRPL4): 22,6%
- Bradespar (BRAP4): 27,3%
- Sanepar (SAPR4): 17,9%
Esses indicadores mostram que o investidor pode adquirir ativos com elevada rentabilidade esperada e, com paciência, capturar ganhos expressivos.
Manter o Foco na Estratégia de Longo Prazo
Embora a renda fixa esteja atrativa hoje, o investidor que pensa no futuro precisa considerar o potencial da renda variável. Comprar boas ações em momentos de pessimismo pode gerar retornos expressivos na próxima década.
Ao combinar estratégias de alocação inteligente, seleção de empresas sólidas e paciência, é possível construir um patrimônio significativo ao longo do tempo.
Lembre-se: o mercado se movimenta em ciclos, e os melhores retornos tendem a vir para quem está posicionado nos momentos certos.
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